Bitcoin em queda enquanto China intensifica repressão à mineração

Apesar do Yuan, moeda da China, ter valorizado mais de 12% em relação ao dólar desde maio de 2020, sua população de mais de 1,4 bilhão de pessoas não tem outra escolha a não ser usar a moeda local.

Segundo afirmação de Meng Wei, porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, o país aprofundará a repressão em relação a atividade de mineração. A fala aconteceu nesta terça-feira (16) durante uma conferência em Pequim e por coincidência, ou não, o Bitcoin opera em queda de 5% nas últimas 24 horas.

As informações, divulgadas pela CNN, mostram uma China cada vez mais preocupada em não permitir que seus cidadãos abandonem sua moeda nacional, o Yuan. Apesar do grande esforço, e migração de grandes empresas de mineração, a China jamais conseguirá expulsar o Bitcoin por completo de seu país.

Assim como outros países com políticas rígidas, os cidadãos chineses são aqueles que mais precisam do Bitcoin. Muito além da questão financeira, também é uma questão cultural, afinal eles não podem nem mesmo acessar sites como Wikipedia.

Guerra à mineração

A briga entre as autoridades chinesas e mineradores já dura seis meses. Em maio deste ano a China proibiu a atividade de mineração em seu país, fazendo com que estes empreendedores realocassem seus equipamentos em outros locais como EUA, Cazaquistão e Rússia.

Nesta terça-feira (16), a China voltou a atacar este ramo, afirmando que estará trabalhando de forma mais aprofundada para reprender mineradores, que estão atuando de forma ilegal.

“A mineração de moeda virtual apresenta alto consumo de energia e emissões de carbono, e não desempenha um papel positivo no desenvolvimento industrial e no progresso tecnológico”

Mesmo banindo tanto a mineração como qualquer outra atividade que envolva criptomoedas, como negociação em exchanges e até mesmo a compra e venda de produtos relacionados em sites como Alibaba, vários chineses estão burlando esta proibição, ao usar exchanges descentralizadas ou até mesmo registrando empresas no exterior para utilizar exchanges centralizadas. Já a prática da mineração, continua sendo exercida por pequenos mineradores que dificilmente são descobertos.

Apesar de apresentar-se como um país ecologicamente correto e preocupado com o meio ambiente, como mostrado na citação abaixo, hoje a maior fonte de energia da China é oriunda da queima de carvão. Após o êxodo de mineradores para outros países, como EUA, a mineração do bitcoin já mostra-se mais verde.

“Os riscos derivados da produção e comercialização de moeda virtual estão se tornando cada vez mais proeminentes. Seu desenvolvimento cego e desordenado tem um impacto adverso severo na promoção de desenvolvimento econômico e social de alta qualidade, conservação de energia e redução de emissões.”, disse Meng Wei

Chineses são os que mais precisam do Bitcoin

Essencialmente há dois tipos de pessoas que mais precisam do BTC, aquelas que vivem em países com políticas monetárias péssimas, como o Brasil cujo Real foi a 16ª que mais desvalorizou em 2021, e também países que não dão liberdade ao seu povo, como é o caso da China.

Apesar do Yuan, moeda da China, ter valorizado mais de 12% em relação ao dólar desde maio de 2020, sua população de mais de 1,4 bilhão de pessoas não tem outra escolha a não ser usar a moeda local.

Além de diretrizes severas em relação a moeda, a China também proíbe que seus cidadãos acessem redes sociais, tão comuns para nós, como Facebook e Twitter. Além disso, outros sites como a Wikipedia também são inacessíveis.

Desta forma, é essencial que projetos como o Bitcoin e outros que promovam a liberdade continuem sendo explorado em países como a China. Após várias proibições, a China parece estar apenas gastando tempo e energia, afinal não há como proibir o Bitcoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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