O Bitcoin está sendo negociado em valores recordes desde o começo desta quarta-feira (20) e sempre que a criptomoeda atinge um novo recorde, muitos ficam animados com sua importância para o setor financeiro. Para o bilionário co-fundador do Paypal, Peter Thiel, o Bitcoin sendo negociado acima dos US$ 60 mil é um grande sinal de que o atual sistema “decrépito” de governo está prestes a implodir.
Durante uma apresentação na última segunda-feira na Federalist Society, Thiel comparou o Bitcoin a um canário de mina, que serve para indicar a qualidade do ar em minas de carvão antigamente. Para ele, o tal canário está indicando que o atual sistema de governo está em perigo.
“Eu não sei se você deveria colocar todo o seu dinheiro em Bitcoin com o preço a US$ 60 mil por moeda agora. Mas com certeza o fato de que ele está a US$ 60 mil é um sinal muito positivo. É o canário na mina de carvão. É o mercado mais honesto que temos em nosso país e ele está dizendo que esse regime decrépito está para implodir.”
Governos e Bitcoin
Vale ressaltar que quando o famoso investidor de capital de risco fez esses comentários, o Bitcoin ainda não tinha ultrapassado os US$ 65 mil, preço que só alcançou nesta quarta-feira (20). Ou seja, se US$ 60 mil era um sinal de fraqueza do governo, o atual preço consolida ainda mais a ideia.
Thiel é um grande crítico do governo, assim como muitos bitcoinners. Parte de um grupo conservador, ele é contra leis de proteção do meio ambiente e leis para imigrantes, afirmando que elas impedem que o orçamento dos EUA entre em equilíbrio e que é necessário que esse tipo de lei deixe de existir para uma recuperação do país.
Ele é contra os bancos centrais e disse que o FED dos EUA é uma “instituição de centro-esquerda que é a mais supervalorizada de todo o mundo ocidental” e que com as criptomoedas, as pessoas podem ter sucesso em parar o “estado-mundial”.
Enquanto Peter Thiel parece tender mais para teorias da conspiração e um entendimento raso sobre o alinhamento político de seu país, é inegável que o Bitcoin a US$ 60 mil pode demonstrar uma falta de fé nos bancos centrais e nas políticas públicas, com as instituições buscando o ativo digital como uma possível reserva de valor.
