Larry Fink, CEO da BlackRock, acredita que o Bitcoin pode substituir o dólar americano como status de reserva global. Suas falas foram ditas em uma carta anual enviada aos seus clientes nesta segunda-feira (31).
Ainda sobre o Bitcoin, o executivo dá destaque para os ETFs, em especial para o seu próprio ETF de BTC, o IBIT.
No momento desta redação, a BlackRock administra mais de 575 mil bitcoins (R$ 279 bilhões) através de seu fundo. Mais recentemente, a gestora também passou o ofertar esse produto na Europa.
Dívida pública americana pode ameaçar o dólar e impulsionar o Bitcoin, diz CEO da BlackRock
Segundo dados do FMI, hoje a dívida pública dos EUA corresponde a 123% de seu PIB, ou US$ 30,3 trilhões. A cifra preocupa membros do governo, como Jerome Powell, presidente do Fed, mas também serve de combustível para os touros do Bitcoin, como Arthur Hayes.
Quem também está se juntando a esse time é Larry Fink, CEO da BlackRock.
Citando que a dívida crescecu a um ritmo três vezes maior que o PIB desde 1989, o executivo aponta que o pagamento dos juros ultrapassarão os US$ 952 bilhões, superando os gastos com defesa.
“Os EUA têm se beneficiado do fato de o dólar servir como moeda de reserva mundial há décadas. Mas isso não é garantido para sempre”, escreveu Fink. “Até 2030, as despesas obrigatórias do governo e a dívida consumirão toda a receita federal, criando um déficit permanente.”
“Se os EUA não controlarem sua dívida e os déficits continuarem aumentando, o país corre o risco de perder essa posição para ativos digitais como o Bitcoin.”
No início do ano, Fink afirmou que o Bitcoin pode chegar a US$ 700.000 por unidade. Na mesmo ocasião, o executivo apontou que fundos soberanos deveriam ter uma exposição mínima à criptomoeda por ser uma proteção contra títulos ou ações.
CEO da BlackRock também falou sobre seu ETF de Bitcoin
Em relação ao passado e presente, Larry Fink se mostrou orgulhoso do ETF de Bitcoin da BlackRock. Com pouco mais de um ano de existência, o fundo já entrou para a história do mercado americano.
“O ETF de Bitcoin da BlackRock nos EUA foi o maior lançamento da história, atingindo mais de US$ 50 bilhões em ativos sob gestão em menos de um ano”, disse Fink. “Além disso, foi o terceiro maior captador de ativos de toda a indústria de ETFs, ficando atrás apenas dos fundos indexados ao S&P 500.”
“O recente lançamento do nosso ETF de Bitcoin é apenas o exemplo mais recente [de sucesso].”
Finalizando, o executivo nota que mais da metade da demanda pelo IBIT partiu de investidores de varejo e três quartos desses investidores nunca haviam possuído um produto ‘iShares’ antes.