O Bitcoin sente os efeitos da crise tarifária assim como o mercado tradicional, mas com menor intensidade. Desde o início das tensões tarifárias, acumula uma retração de 13,95%, desempenho bem mais resiliente que a queda de 21,36% do mercado cripto como um todo.
A explicação está na crescente correlação do BTC com o ouro, impulsionando sua narrativa como “ouro digital”. A correlação negativa com o ouro chegou a -0,7 em fevereiro, enquanto se manteve acima de 0,5 com os principais índices de ações.
O BTC rompeu a resistência dos US$85.962 e já alcança a região de US$94.300. Um fechamento semanal acima de US$93.700 pode abrir caminho para os US$96.850 ainda neste mês. Enquanto isso, os ETFs de Bitcoin voltam a atrair capital (quase US$500 milhões em dois dias) e o open interest nos contratos futuros renova máximas históricas, alcançando US$70 bilhões, movimento que indica expectativa por uma definição clara de tendência.
No campo técnico, o sentimento de mercado ainda é dividido: o Long/Short Ratio está em 0,56, sugerindo possível reversão no curto prazo, e o GEX elevado sinaliza contenção de volatilidade por parte dos formadores de mercado. Na análise técnica, os principais gatilhos são:
🔔 Entre em nosso grupo no WhatsApp e fique atualizado.
Em um cenário muito otimista, o Bitcoin poderá buscar o rompimento da região dos US$101.583 mil e seguir em direção aos US$122 mil até o fim do trimestre.
Em uma perspectiva moderada, a tendência de baixa pode ser contida com suporte técnico em US$81.127 mil, desde que os fechamentos semanais se mantenham acima de US$ 86 mil.
Já em um cenário pessimista, a perda do suporte em US$78.780 mil pode abrir caminho para uma correção mais intensa, com o ativo mirando a região dos US$70.300 mil.
O Ethereum segue em tendência de baixa bem definida, com possibilidade de recuperação apenas caso consiga fechar acima da resistência local de US$1.730 mil. Por enquanto, o cenário mais provável é de lateralização na região dos US$1.622 mil, com o mercado aguardando sinais mais claros de reversão.
A grande pergunta é: quando o ETH voltará a uma tendência de alta? Na leitura atual, isso só deve acontecer com o rompimento da linha de tendência mensal (em roxo), posicionada em US$2.328 mil, um movimento que precisa ocorrer até o fim do segundo trimestre para confirmar uma virada estrutural.
Em um cenário de retomada pontual do momentum, o Ethereum pode buscar a zona de US$1.975 mil, considerada sua principal resistência de curto prazo.
Do lado dos suportes, a faixa entre US$1.518 mil e US$1.425 mil representa a última defesa relevante antes de possíveis quedas mais acentuadas até os US$1.180 mil. Caso a pressão vendedora continue, os suportes mais profundos do ciclo de bear market estão entre US$1.000 mil e US$730.