“Talvez o bitcoin seja a moeda de reserva mundial”, disse o criador do ChatGPT, há 10 anos

Na semana passada, Aaron Brown, ex-diretor de pesquisa da AQR Capital Management, afirmou que “é mais seguro ter uma pequena alocação em Bitcoin do que ignorá-lo”. Há 10 anos, Sam Altman pensava o mesmo.

Sam Altman, CEO da OpenAI, já estudava o Bitcoin ainda em 2013. Uma antiga postagem em seu blog revela a visão do homem por trás do sucesso do ChatGPT sobre o Bitcoin quando a criptomoeda era usada apenas por poucos entusiastas e criminosos.

“Talvez o bitcoin seja a moeda de reserva mundial, talvez falhe totalmente ou talvez sobreviva em algum nicho”, iniciou Altman em seu texto. “Não sei como ponderar as probabilidades (embora pense que, no imediato, é provável que diminuam), mas tenho uma ideia sobre a métrica a observar: o crescimento das transações legítimas.”

“Uma moeda sem que o principal caso de uso sejam transações legítimas irá falhar. Atualmente, o caso de uso dominante do bitcoin parece ser a especulação, com um caso de uso secundário para transações ilegais.”

Na data da postagem, 1º de dezembro de 2013, o Bitcoin havia recém ultrapassado os US$ 1.000, atraindo diversos olhares. No início daquele ano, seu preço estava em apenas US$ 13 e o BTC era frequentemente associado a mercados ilegais como a Silk Road.

Alta do Bitcoin de 2013 chamou a atenção de diversas pessoas, incluindo de Sam Altman, CEO da OpenAI.
Alta do Bitcoin de 2013 chamou a atenção de diversas pessoas, incluindo de Sam Altman, CEO da OpenAI.

Sam Altman estava interessado na visão de outras pessoas sobre o Bitcoin

Na sequência de seu texto, Sam Altman analisa os lados bons, ruins e feios do Bitcoin. Enquanto compara o bitcoin ao ouro e ao dólar em algumas partes, também analisa se a criptomoeda não é apenas uma grande bolha como foi a Mania das Tulipas no século XVII.

“Quando amigos me perguntam como comprar bitcoin, sempre pergunto por que eles querem comprar antes de ajudar.”

Como exemplo, cita que a principal resposta é o desejo de enriquecer rapidamente. No entanto, comenta que uma forte queda poderia abalar a convicção do maior entusiasta. Após a postagem de Altman, o BTC despencou dos US$ 1.150 para US$ 169, perdendo 85% de seu valor em pouco mais de um ano.

Já o segundo motivo seria a mínima chance do Bitcoin se tornar uma moeda de reserva mundial, substituindo o papel do todo-poderoso dólar no comércio internacional. Em outras palavras, uma aposta arriscada, mas com um potencial de ganho imenso.

“Mesmo que a chance seja pequena, talvez faça sentido comprar alguns [bitcoins] como hedge (foi por isso que comprei a pequena quantia que tenho)”, revelou Altman em 2013.

Seguindo, o CEO da OpenAI também destaca que algumas pessoas não olham para o Bitcoin como uma moeda, mas como uma reserva de valor como o ouro. Por não enxergar o ouro como um bom investimento, Altman nota que isso poderia ser um ponto cego em sua análise.

Em outro trecho, o executivo comenta que poucos comerciantes aceitam Bitcoin. Isso seria um problema já que o tempo de processamento de saques, após a conversão para dólares, era muito lento na época.

“Dito isso, há claramente algo muito interessante acontecendo. E o argumento positivo é emocionante — um mundo onde todos transacionamos em bitcoin seria muito mais transparente, e a transparência financeira é excelente. É talvez o que mais reduziria a corrupção.”

Na semana passada, Aaron Brown, ex-diretor de pesquisa da AQR Capital Management, afirmou que “é mais seguro ter uma pequena alocação em Bitcoin do que ignorá-lo”. Há 10 anos, Sam Altman pensava o mesmo. Finalizando seu texto, o CEO da OpenAI não soa como um maximalista, mas também não mostra nenhuma ingenuidade.

“Assim como seria estúpido converter todos os seus dólares em bitcoin, seria estúpido não prestar atenção.”

Dez anos depois, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 42.000 e os principais nomes do mercado financeiro tradicional estão interessados em saciar o desejo de seus clientes por esse ativo, seja via ETFs ou vendas diretas.

Por fim, Altman continuou sua aventura no mundo das criptomoedas criando a sua própria, a Worldcoin (WLD). Polêmico, o projeto consiste em dar criptomoedas em troca de um escaneamento da retina ocular que, segundo sua equipe, seria uma maneira justa de distribuir uma nova moeda. Outro caso de uso seria diferenciar humanos de inteligências artificiais.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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