Ki Young Ju, CEO da CryptoQuant, acredita que o Bitcoin está caminhando para ser usado como uma moeda e não apenas uma reserva de valor. Sua previsão é que isso aconteça no ano de 2030, daqui a seis anos.
Dentre os motivos citados para essa mudança está uma possível queda na volatilidade da criptomoeda, bem como melhorias da tecnologia que permitam transações rápidas e baratas.
Nos comentários da publicação, muitos seguidores do analista discordaram de sua visão. Enquanto alguns afirmam que a volatilidade continuará alta, outros apontam que isso pode levar mais tempo.
Bitcoin voltará a ser visto como uma moeda?
Embora o Bitcoin tenha sido criado como uma moeda, sua escassez o transformou em uma espécie de ouro digital, servindo como uma reserva de valor para quem deseja se proteger da inflação. No entanto, Ki Young Ju acredita que o BTC ganhará força no comércio conforme amadurece.
“Por volta de abril de 2028, durante o próximo halving, o uso potencial do Bitcoin como “moeda” começará a ser discutido seriamente à medida que a volatilidade diminuir ainda mais e o ecossistema amadurecer.”
“À medida que o envolvimento institucional cresce, as barreiras de entrada aumentam, reduzindo a volatilidade do Bitcoin e seu apelo como ativo de investimento”, escreveu o CEO da CryptoQuant. “Com o halving de 2028, o potencial do Bitcoin como uma moeda de baixa volatilidade aumentará.”
#Bitcoin will likely be used as a "currency" around 2030.
Bitcoin's mining difficulty, which reflects the intensity of competition, has consistently hit all-time highs, increasing by 378% over the past three years.
While 50 BTC could be mined with a single PC in 2009, it has… pic.twitter.com/lY8pRreZCl
— Ki Young Ju (@ki_young_ju) October 24, 2024
Outro ponto citado pelo executivo é a familiaridade do público geral com carteiras, bem como melhorias na tecnologia, incluindo soluções de segunda camada ou até mesmo o BTC usado em outras blockchains mais escaláveis, como já acontece com o Wrapped Bitcoin (WBTC).
Finalizando, ele cita que “Satoshi visava que o Bitcoin fosse “Dinheiro Eletrônico P2P”, não ouro digital”.
“Sua visão pode se concretizar até 2030 com a maturação do ecossistema do Bitcoin e a redução de sua volatilidade.”
No momento, El Salvador é o único país que tentou adotar o Bitcoin como moeda, mas a ideia não ganhou tanta tração. Além disso, há pequenas comunidades independentes pelo mundo que tentam espalhar esse caso de uso.
Seguidores discordam da opinião do executivo
Economistas acreditam que uma moeda precise de três características: reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. Portanto, o Bitcoin já cumpre uma dessas funções e, com uma possível queda da volatilidade, pode alcançar a segunda e então expandir no mercado.
Independente disso, os seguidores de Ki Young Ju não acreditam nessa projeção. Um deles, por exemplo, afirma que isso pode levar décadas para acontecer.
“Opinião razoável, mas discordo quanto ao prazo. Muito cedo. A volatilidade vai subir daqui pra frente, na minha opinião.”
“Talvez só fique mais estável em 30–50 anos. Tudo depende de uma adoção de 75% ou mais”, comentou um deles. “Dinheiro = liquidação final, igual ao ouro. Bitcoin não foi feito para o cafézinho, mas para grandes liquidações finais, como o sistema Fedwire de hoje.”
Por fim, fora os poucos países amigáveis ao Bitcoin, é possível que a criptomoeda enfrente uma forte pressão governamental caso comece a ser usada no dia-a-dia.