O Bitcoin teve um salto no volume de negociações nesta manhã de terça-feira (14) com a divulgação dos dados de inflação dos EUA. No momento desta redação, a maior criptomoeda do mercado opera em queda de 1% em relação a antes do evento.
Segundo o governo americano, a inflação de janeiro chegou a 0,5%, totalizando 6,4% nos últimos doze meses, deixando o Fed longe de atingir sua meta 2% ao ano. Portanto, isso é ruim para o Bitcoin conforme abre espaço para que o Fed continue aumentando a taxa de juros, freando a economia dos EUA enquanto tenta controlar os preços.
Os principais vilões continuam sendo serviços de energia e a própria energia em si. No entanto, alimentos ainda estão com uma inflação de 10,1%, um número maior que o aumento médio de todos os bens e serviços.
A resposta do Bitcoin aos dados de inflação
De imediato, o Bitcoin teve um grande aumento em seu volume de negociações em corretoras. Seu preço também apresentou mudanças, mas não tão grandes.
Após recuar 1,5% com a notícia, o Bitcoin se recompôs antes mesmo de chegar aos US$ 1.500. Mesmo assim, voltou a cair em seguida e está sendo negociado com uma baixa de 1% em relação a seu preço antes da publicação dos dados de inflação dos EUA.
Em comparação, enquanto os EUA apontaram que o aumento dos preços havia sido de 0,1% em dezembro, a inflação chegou a 0,5% em janeiro.
Ou seja, Jerome Powell poderá voltar com aumentos de 0,5% na taxa de juros dos EUA para tentar alcançar a meta anual de inflação do Fed. Como consequência, ações, criptomoedas e outros investimentos devem continuar pressionados.
Bolsas americanas abrem dia em queda
Assim como o Bitcoin, o ouro também está operando em queda após a notícia, mas de apenas 0,4%. Bolsas americanas seguem o mesmo caminho.
SP500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, abriu esta terça-feira operando em queda de 0,8%, Dow Jones também abriu o dia perdendo 0,7% de seu valor, mostrando um mercado preocupado com os próximos passos do Fed.
Por fim, ao contrário de outros mercados, o Bitcoin também segue pressionado por questões regulatórias, principalmente dos EUA. Alguns estão atribuindo esta pressão a uma operação para matar as criptomoedas, como destacado pelo fundador da Kraken, corretora multada em R$ 158 milhões na semana passada pela SEC.
“A Operação Chokepoint 2.0 está em pleno vigor. Não é por acaso que todos os reguladores financeiros do país estão atacando empresas domésticas de criptomoedas mundanas e respeitáveis na semana passada”, comentou Jesse Powell, fundador da Kraken, nesta segunda-feira (13) sobre regulação. “Não há interesse em supervisionar as criptomoedas. Tudo o que está sendo feito é para derrubá-las.”