Pavel Durov, fundador do Telegram, contando sua história com o Bitcoin. Fonte: Lex Fridman/Reprodução.
Pavel Durov, fundador do Telegram, acredita que o Bitcoin chegará eventualmente a 1 milhão de dólares. Suas falas foram ditas no podcast de Lex Fridman, publicado nesta terça-feira (30), com mais de 4 horas e meia de conversa.
Além de contar sua história com o Bitcoin, o desenvolvedor também abordou diversos assuntos aleatórios, incluindo seu estilo de vida, sua prisão na França, o VK (sua antiga rede social), tentativa de assassinato por envenenamento, e mais.
Outros destaques ficam para suas falas sobre o Telegram, obviamente, bem como dinheiro em geral e a criptomoeda Toncoin (TON), ligada ao seu mensageiro.
Embora seja famoso por ter criado o Telegram, Pavel Durov surpreendeu os ouvintes do podcast de Lex Fridman ao revelar que seu estilo de vida não é bancado pelos lucros de seu aplicativo, mas sim por seus investimentos em Bitcoin.
“Consegui financiar meu estilo de vida, por assim dizer, com meu investimento em Bitcoin.”
“Algumas pessoas pensam que, se consigo alugar lugares bacanas ou voar de jato particular, é porque de alguma forma tiro dinheiro do Telegram. Mas, como já disse, o Telegram é uma operação que me dá prejuízo pessoalmente”, explicou Durov.
O desenvolvedor conta que sempre acreditou no Bitcoin e comprou milhares de dólares na criptomoeda ainda em 2013 por cerca de 700 dólares. Atualmente o BTC está cotado a US$ 117.000.
Quando o Bitcoin despencou no ano seguinte para 200 a 300 dólares, Durov lembra que muitas pessoas demonstraram pena dele. No entanto, ele não perdeu o interesse e teve a sábia decisão de não vender suas moedas.
“O Bitcoin foi o que me permitiu me manter, e acredito que chegará o momento em que valerá 1 milhão de dólares.”
“Basta olhar para as tendências. Os governos continuam imprimindo dinheiro como se não houvesse amanhã”, continuou Durov. “Ninguém imprime Bitcoin. Há uma inflação previsível e, em certo ponto, ela para.”
Dentre os motivos para acreditar no Bitcoin estão os fatos de que “ninguém pode te censurar por questões políticas” e “ninguém pode confiscá-lo”, disse Durov.
Em outro trecho, Pavel Durov também falou sobre o desenvolvimento do Telegram e seus métodos de monetização, bem como sobre a criptomoeda Toncoin (TON), ligada ao mensageiro.
“TON é uma tecnologia de blockchain que desenvolvemos inicialmente em 2018 e 2019, e começamos a trabalhar nela porque precisávamos de uma plataforma de blockchain profundamente integrada ao Telegram, já que acreditamos em blockchain”, iniciou Durov.
“Achamos que é uma das tecnologias que possibilitam a liberdade.”
No entanto, o desenvolvedor lembra que a SEC barrou o financiamento do projeto e então ele teve que ser tocado pela própria comunidade, mudando seu nome de Telegram Open Network para The Open Network.
Explicando a criação de uma nova criptomoeda, Durov aponta que o Bitcoin e o Ethereum não tinham escala para lidar com as centenas de milhares de usuários do Telegram.
“O projeto acabou sendo lançado sem nosso envolvimento direto, e hoje prospera, porque tudo o que fazemos, como disse, é baseado em blockchain: nomes de usuário tokenizados, contas do Telegram, tudo baseado no TON e em seus contratos inteligentes”, explicou Durov.
“É também a única forma de desenvolvedores externos e criadores retirarem os fundos que ganham por meio dos nossos programas de divisão de receita. […] É também a única forma de realizar transações no Telegram. Se você quiser comprar anúncios no Telegram, deve usar TON.”
Por fim, a longa conversa também abordou outros assuntos fora do mercado de criptomoedas, o que pode ser de interesse do leitor.
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