O BNY Mellon, considerado o banco mais antigo dos Estados Unidos, está investindo milhões em Bitcoin, conforme revelado em documentos registrados na Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) nesta sexta-feira (26).
Assim como o Banco do Brasil e o BTG, o BNY Mellon escolheu o ETF de Bitcoin da BlackRock para ter exposição à moeda digital, além de ter investido também no ETF da Grayscale.
Além de ser considerado o banco mais antigo dos EUA, o BNY também é o maior banco custodiante do mundo, a gigante oferece serviços financeiros para clientes institucionais, corporativos e individuais em todo o mundo.
Considerado o maior guardião de riqueza do mundo, o BNY Mellon também tem um papel importante na infraestrutura financeira global, facilitando transações, investimentos e serviços bancários para uma ampla gama de clientes.
Bancos estão comprando Bitcoin
Por enquanto, a única forma regulamentada para que bancos comprem Bitcoin é por meio de ETFs. Sendo assim, pelo menos 5 bancos ao redor do mundo já revelaram investir em tais fundos.
Seja como for, parece haver uma corrida silenciosa entre gigantes financeiros para ver quem possuirá mais bitcoins no futuro e o banco mais antigo dos EUA provavelmente não quer ficar para trás.
De acordo com os documentos da SEC, o BNY comprou cerca 7.105 ações do ETF de Bitcoin da Grayscale (GBTC) e 19.997 ações do ETF da Blackrock, o Ishares Bitcoin Trust (IBIT), equivalentes a R$ 2.3 milhões e R$ 4.1 milhões, respectivamente.
No total, o banco investiu o equivalente a R$ 6.46 milhões em Bitcoin através de ETFs, um valor pequeno quando comparado aos US$ 45 trilhões em ativos sob custódia e mais de US$ 2,3 trilhões em ativos sob gestão.
Mesmo assim, o banco parece estar apenas começando a investir em Bitcoin e realizando testes. Além disso, o BNY também pode estar adotando uma estratégia de compra granulada, já que qualquer compra bilionária faria o preço do Bitcoin aumentar drasticamente.
— Livecoins (@livecoinsBR) April 26, 2024
Bancos estão comprando Bitcoin discretamente
Nenhum banco que esteja investindo em Bitcoin secretamente teria interesse que tal fato fosse revelado ao público, afinal, isso poderia fazer o preço do Bitcoin subir e prejudicar a estratégia do banco de acumular mais bitcoins.
No entanto, a chegada dos ETFs e mais regulamentações tornou a compra de Bitcoin por bancos mais segura, e compras de grandes empresas precisam ser reportadas para a comissão de valores mobiliários.
No momento, embora não seja mais necessariamente uma “corrida silenciosa”, o movimento dos bancos em direção ao Bitcoin é parte de uma tendência mais ampla de reconhecimento e integração do Bitcoin e das criptomoedas no sistema financeiro tradicional.
Vários bancos estão começando a oferecer serviços relacionados ao Bitcoin, como custódia, negociação para clientes institucionais, e até mesmo a inclusão de Bitcoin em carteiras de investimento gerenciadas.
O principal motivo é a demanda dos clientes, com muitos deles interessados em explorar o mercado de criptomoedas. Os bancos estão percebendo essa demanda e buscando oferecer serviços relacionados ao Bitcoin para atender a essas necessidades.
Além disso, o Bitcoin está sendo considerado por alguns como um ativo que pode ajudar na diversificação de portfólios de investimento tradicionais. Como parte da estratégia de investimento, os bancos estão explorando maneiras de integrar o Bitcoin para oferecer opções de investimento mais amplas aos clientes.
Para os mais antigos do mercado, a compra de Bitcoin por bancos era apenas uma questão de tempo e daqui para frente veremos cada vez mais instituições financeiras tentando acumular o máximo de bitcoins que conseguirem.