Bolsa de Valores do México quer listar criptomoedas

Mais um país a listar ETFs de criptomoedas na América Latina.

Seguindo o interesse da população global no tema das criptomoedas, a Bolsa de Valores do México quer listar um produto associado ao setor, assim que for permitido pelas regras do país.

A Bolsa Mexicana (BMV) planeja seguir assim uma tendência que tem ganhado relevância em países da América Latina. No Brasil, por exemplo, produtos de investimentos com criptomoedas se multiplicaram em 2021.

Vale o destaque que um dos homens mais ricos do México é fã do Bitcoin, Ricardo Salinas, fundador do Banco Azteca. Além disso, o vizinho El Salvador na região legalizou a moeda digital como curso legal, dando ainda mais relevância para o assunto no maior país da América Central.

Bolsa de Valores do México quer listar produtos de criptomoedas

Enquanto alguns países tentam censurar o Bitcoin, como a China, outros já começam a engatinhar no setor, com bolsas de valores sendo uma das empresas interessadas em captar essa atenção da moeda digital.

No México então, a bolsa de valores deverá listar produtos de ETFs em breve, informou o CEO José Oriol Bosch, que aguarda apenas que a regulação local permita que isso aconteça. Ele informou que essa empresa está estudando o setor e avaliando suas condições para ser possível entrar no setor quando a CVM do México liberar.

Mesmo que em alguns países haja a possibilidade de negociar produtos financeiros, a falta de regulação ainda atrasa essa realidade. De acordo com a Bloomberg, Bosch declarou que assim que o México liberar, a Bolsa Mexicana vai entrar neste setor, esta que é a segunda maior da América Latina, atrás apenas da B3 no Brasil.

Vale o destaque que na América Latina o Brasil já tem ETFs listados na B3, a bolsa de valores do país, sobre Bitcoin e até multi-criptomoedas. Além disso, países vizinhos como Perú e Chile já viram produtos de criptomoedas chegarem em suas bolsas de valores, mostrando que a adoção segue em amplo crescimento.

No Canadá, um ETF foi permitido pela legislação local, sendo o primeiro da América do Norte, visto que nos Estados Unidos o assunto segue como um tabu. De qualquer forma, mais países seguem mostrando interesse no setor,

ETFs de criptomoedas, o que são?

Negociados em bolsa de valores de forma similar a ações os ETFs são, na verdade, fundos de investimentos que replicam algum produto ou índice. Como são considerados produtos, devem ser reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários, que no Brasil é a CVM.

Vale lembrar que em 2021 os ETFs chegaram com força na B3, que listou vários produtos como esse, assim como fundos de investimentos se tornaram mais acessíveis aos investidores.

Contudo, as regras de cada produto são avaliadas pela CVM, que ainda não permite investimentos diretos em criptomoedas, ou seja, nenhum destes ativos brasileiros tem efetivamente um Bitcoin em sua carteira.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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