Criptomoedas

Desesperado, investidor da Braiscompany procura “fundo abutre” via OLX

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Um cliente da Braiscompany, desesperado por não conseguir sacar seus rendimentos na empresa, procurou um fundo abutre para adquirir seus direitos contratuais no valor de R$ 100 mil.

A inusitada oferta, registrada na plataforma da OLX em Campina Grande, capital da Paraíba, chamou atenção de investidores da empresa.

Vivendo uma delicada situação há quase três meses, sem saques para clientes, a Braiscompany é uma empresa investigada pelo Ministério Público da Paraíba.

Investidor da Braiscompany procura Fundo Abutre para comprar seus direitos pela OLX

Os chamados fundo abutre são aqueles investidores de risco que compram dívidas de clientes de empresas com problemas. Como pagam aos clientes um valor abaixo do mercado, eles assumem o ônus de reaver a totalidade contratual na justiça.

No último domingo, um investidor da Braiscompany resolveu apelar para a prática, após não conseguir seu dinheiro de volta.

Na oferta publicada pela OLX, o cliente diz ter um contrato de R$ 100 mil, disposto a vendê-lo por metade do valor, ou seja, R$ 50 mil. Além de aceitar no pagamento cartões e até cheque, o investidor de Campina Grande estava disposto a aceitar até carro e moto pela oferta.

Anúncio na OLX tenta vender contrato da Braiscompany com 50% de desconto. Crédito: OLX.

Nesta segunda-feira (6), contudo, o anúncio foi removido da página, embora os prints ainda circulem entre clientes.

Vale lembrar que a Braiscompany atrasa saques e não tem respondido aos clientes sobre os problemas, causando agonia entre investidores.

Braiscompany na mira das autoridades

Pode piorar a situação da Braiscompany uma investigação aberta pelo Ministério Público da Paraíba sobre o negócio, informação compartilhada nesta segunda pelo blog Maurílio Júnior.

Segundo o site, um procurador geral e o diretor do MP-Procon receberam denúncias de investidores com saques em atraso e resolveram instaurar um inquérito.

Na última quinta-feira (2), a Braiscompany chegou a receber um convite para participar de uma audiência para esclarecer os fatos. Contudo, a empresa não enviou representantes, faltando e piorando sua situação.

Com a defesa evasiva da empresa de Campina Grande, o MP segue apurando o caso e pode acionar a justiça em breve. Caso entenda necessário, uma ação civil pública pode começar, para garantir os direitos dos clientes possivelmente lesados, assim como reparar os danos coletivos.

Na Paraíba, são vários os investidores que acreditaram na empresa de locação de criptomoedas, que ofertava produtos com altos rendimentos. Como os saques pararam de acontecer, muitos se preocupam que podem ter perdido seu dinheiro.

Como representantes da Braiscompany não foram encontrados para comentários, o espaço segue em aberto para manifestações.

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Autor:
Gustavo Bertolucci