Uma recente pesquisa revela que 12% da população brasileira investe em criptomoedas. A porcentagem é equivalente a 26 milhões de pessoas, número que deixa o Brasil entre os seis países com a maior adoção de criptomoedas do mundo.
Em termos percentuais, quem lidera o ranking são os Emirados Árabes Unidos (30,4%), Vietnã (21,2%) e os EUA (15,6%). Enquanto os Emirados possuem uma grande população estrangeira, a economia do Vietnã está em forte crescimento nos últimos anos, justificando suas posições.
No entanto, a situação muda quando os números absolutos são analisados. No topo aparece a Índia com 93 milhões de investidores, seguido pela China com outros 59 milhões, mesmo com as criptomoedas banidas por lá, e então pelos EUA com 52 milhões.
Brasil tem crescimento na adoção de criptomoedas
Segundo os dados da Triple-A, usados pelo Visual Capitalist no gráfico acima, a adoção das criptomoedas está crescendo no Brasil. Enquanto a porcentagem da população investidora era de apenas 4,9% em 2021, o número saltou para 7,8% em 2022 e para os 12% em 2023.
Conforme stablecoins lastreadas em dólar representam o maior volume de negociações no Brasil, os pesquisadores apontam que isso está relacionado à inflação e à desvalorização de nossa moeda, o Real.
“Os brasileiros estão optando cada vez mais por stablecoins para preservar seu patrimônio.”
Em relação aos dados mundiais, é destacado que os investidores de criptomoedas ainda são um público jovem, 72% deles com menos de 34 anos. Homens ainda dominam o mercado, com uma presença de 63%.
No total, mais de 420 milhões de pessoas investem em criptomoedas no mundo. O número é maior que a própria população dos EUA (339 milhões) e, caso esses investidores formassem um país, ele ficaria atrás apenas de China (1,4 bilhão) e Índia (1,4 bilhão).
Dados do Banco Central do Brasil confirmam crescimento na adoção das criptomoedas
Em relatório publicado na última quinta-feira (2), o Banco Central do Brasil também mostrou um crescimento na “importação” de criptomoedas por brasileiros. Segundo os dados, brasileiros compraram R$ 1,7 bilhão em criptomoedas em março de 2024, cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o mesmo período de 2023.
A crescente demanda por criptomoedas também pode ser vista nos dados trimestrais. Enquanto brasileiros compraram R$ 2,1 bilhões em criptos no primeiro trimestre de 2023, o número subiu para R$ 4,7 bilhões nos três primeiros meses de 2024, uma diferença de 118%.
Sendo assim, é possível que a adoção de criptomoedas por brasileiros quebre um novo recorde neste ano, superando os atuais 12%. Além de stablecoins, dados do MercadoCripto mostram que Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) também estão entre as preferidas no Brasil, refletindo um comportamento global.