As criptomoedas (moedas digitais criptografadas que funcionam pela internet) são uma nova modalidade de pagamento que surgiu no mundo para facilitar a vida das pessoas, sendo o Brasil um destaque no ramo de acordo com informações recentes.
No recente relatório Global Digital Report, realizado pelas empresas Hootsuite e We are social, foram coletados dados sobre o comportamento dos internautas nos últimos seis meses de 2018.
Após serem avaliados um total de 82% da população mundial que usa a Internet, com idade entre 16 e 64 anos e de 150 países diferentes, o relatório mostrou que o Brasil é o país da América Latina com o maior número de usuários de criptomoedas, seguido pela Colômbia, México e Argentina.
O relatório mostra que 5,5% dos usuários de internet no Brasil disseram ter criptomoedas, Isso significa que 0,5 em cada dez usuários brasileiros da internet possuem moedas digitais, o que colocou o Brasil na quinta posição do mundo todo.
Os colombianos ficaram na segunda posição na América Latina, com 7,7% dos usuários, o México na terceira posição e Argentina na última posição do continente. Apenas os quatro países apareceram no levantamento.
Esses números sugerem uma presença importante de usuários latino-americanos no mercado de criptomoedas, apesar disso, o volume de transações com moedas digitais não é um destaque nos países.
Brasil ainda não tem uma regulamentação sobre o tema
Apesar do país ter a maior quantidade de donos de criptomoedas da América Latina, o cenário ainda é de incerteza para empresas, que enfrentam dificuldades operacionais e problemas com bancos, além de riscos judiciais pela falta de regulação das criptomoedas no Brasil.
A tecnologia blockchain tem sido estudada de perto, já sendo utilizada no BNDES e vista com bons olhos até então.
Criptomoedas funcionam melhor em economias emergentes
Países como Brasil, México, Colômbia e Argentina possuem vários registros de empresas dedicadas ao mercado de criptomoedas. Apenas no bairro de San Telmo, na cidade de Buenos Aires (Argentina), são calculadas 36 empresas que aceitam o bitcoin (BTC) como método de pagamento, segundo dados da Coinmap. Enquanto em São Paulo (Brasil), existem 46 pontos que trocam criptomoedas por bens e serviços, destacando-se a possibilidade de comprar alimentos ou ingressos de cinema com a moeda.
Colômbia tem sido caracterizada pela sua adoção de blockchain, que já começou a dar frutos no setor bancário e o México tem visto um frenesi de adoção, com o lançamento da Fintech Act (Lei), que favorece o mercado de criptomoedas.
As limitações financeiras e a falta de inclusão bancária nos países emergentes e, especificamente, no território latino-americano, é uma das causas mais importantes para a crescente adoção de criptomoedas na América Latina.