O Brasil se comprometeu a implementar medidas para combater os hackers que utilizam criptomoedas, principalmente em ataques cibernéticos.
Essa realidade deverá chegar em breve, após o Brasil participar de uma cúpula com 31 países convocados pelos Estados Unidos, que têm sido alvo de ataques ransomwares.
Os chamados ransomwares são uma categoria de malwares que ao atacar o computador de uma vítima, sequestra o dispositivo e impede o acesso aos arquivos. Assim, uma mensagem que costuma pedir o pagamento pelo resgate aparece para o dono do equipamento.
Essa prática criminosa já é considerada uma modalidade de extorsão virtual e recebeu mais atenção com o governo de Joe Biden.
Brasil deve implementar medidas contra hackers que utilizam criptomoedas para cometer crimes pela internet
Convocada pelos Estados Unidos, vários países participaram do evento que começou na última quarta-feira (13) e durou dois dias. Finalizado na última quinta (14), a cúpula tinha como intenção principal guiar os governos sobre as novas ameaças cibernéticas que assolam empresas e entidades públicas pelo mundo.
O assunto dos ransomwares agora é tratado como de “segurança global”, visto que pode trazer problemas para a economia e segurança dos países.
Com alvos sendo instituições de saúde, combustível, mantimentos e outros bens ao público na mira desses grupos que operam ransomware, essa categoria de malware já é considerada uma ameaça aos serviços essenciais.
No comunicado conjunto emitido pelos países, publicado pela Casa Branca nos Estados Unidos, fica claro que o combate à ameaça dependerá de cooperação entre governos, setor privado, sociedade civil e público em geral.
A ação dos governos deverá começar o mais rápido possível, estabelecendo prioridades comuns e esforços para mitigar os riscos do ransomware.
“Os esforços incluirão a melhoria da resiliência da rede para evitar incidentes quando possível e responder com eficácia quando os incidentes ocorrerem; abordar o abuso de mecanismos financeiros para lavar pagamentos de resgate ou conduzir outras atividades que tornem o ransomware lucrativo; e perturbar o ecossistema de ransomware por meio da colaboração da aplicação da lei para investigar e processar os atores do ransomware, abordando refúgios seguros para criminosos ransomware e envolvimento diplomático contínuo.”
Casa Branca espera que leis sejam adequadas para tratar ameaça, assim como colaboração dos países sobre as políticas para lidar com resgates
A reunião finalizou deixando claro que os representantes dos países que participaram dessa cúpula estão unidos pelo fim dos ransomwares. Dessa forma, o Brasil poderá até criar leis para lidar com os hackers que operam criptomoedas, visto que esse foi um dos compromissos assumidos.
Outro compromisso é o de modernizar a segurança cibernética nacional, visto que equipamentos e softwares modernos podem ajudar a conter o problema. Além disso, treinamento do pessoal e contratos com empresas privadas não estão descartados.
O comunicado deixa claro que os países estão se unindo em prol desta causa, devendo compartilhar experiências aprendidas e melhores formas de lidar com as exigências dos criminosos quando estes pedem o resgate.
“No futuro, estamos comprometidos em compartilhar as lições aprendidas e as melhores práticas para o desenvolvimento de políticas para lidar com os pagamentos de resgate, conforme apropriado.”
Por fim, empresas que trabalham no setor de criptomoedas poderão ter mais atenção das autoridades com essa nova visão sobre ataques cibernéticos, principalmente se forem suspeitas de facilitar a atividade desses grupos de hackers.