Brasil reforça estratégias de combate a crimes com criptomoedas, diz Procuradora da Fazenda Nacional, Ana Paula Bez Batti

Durante entrevista ao Fantástico, Ana Paula Bez Batti reforçou o comprometimento das autoridades nacionais em garantir a segurança e a transparência no setor de criptomoedas.

Em uma matéria apresentada pelo Fantástico no último domingo (1), foi revelado um levantamento sobre a onda de pirâmides financeiras no Brasil. Nos últimos seis anos, golpistas conduziram esquemas que prejudicaram cerca de 2,7 milhões de investidores, movimentando um montante alarmante de quase R$ 100 bilhões.

Para muitos, o sonho de enriquecimento rápido tornou-se um pesadelo financeiro. Utilizando-se das criptomoedas, um universo ainda nebuloso para boa parte da população, golpistas criaram e popularizaram pirâmides financeiras, um dos mais antigos e conhecidos esquemas fraudulentos.

Ainda que as criptomoedas por si só não sejam fraudulentas, sua complexidade e novidade no mercado serviram como pano de fundo para os golpistas convencerem inúmeros investidores a aportar seus recursos nessas supostas “oportunidades”.

Mesmo diante de operações contínuas realizadas pelas autoridades, com diversas apreensões e prisões, os casos de pirâmides financeiras associadas às criptomoedas se proliferaram em ritmo acelerado nos últimos anos.

A equipe do Fantástico se debruçou sobre os dados e entrevistou Ana Paula Bez Batti, Procuradora da Fazenda Nacional, além de investigadores da Polícia Federal, Polícia Civil e do Ministério Público Federal.

O levantamento, que cobriu o período de 2017 até o presente, apresentou um panorama preocupante da vulnerabilidade dos investidores brasileiros. A estratégia dos golpistas se mostrou eficaz, deixando um rastro de perdas financeiras e sonhos desfeitos.

“Crimes envolvendo criptoativos passaram a ser combatidos com mais força”, diz Procuradora da Fazenda Nacional

Durante a entrevista, Ana Paula Bez Batti, Procuradora da Fazenda Nacional e membro da Advocacia-Geral da União, falou sobre os recentes avanços no combate a crimes envolvendo criptomoedas no Brasil.

Segundo a Procuradora, entre 2018 e 2021, o país presenciou uma explosão no preço e popularidade das criptomoedas, o que levou a um aprimoramento das ações de enfrentamento a delitos nessa esfera.

Ana Paula observou que o Ministério da Justiça, por meio da ENCCLA (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro), priorizou a disseminação de conhecimentos sobre ativos virtuais.

“Crimes envolvendo criptoativos passaram a ser combatidos com mais força”, revela Ana Paula. Esse esforço de capacitação foi disseminado entre os membros da ENCCLA, fortalecendo as ações de suas instituições contra esses crimes.

Ana Betti (imagem: reprodução / Fantástico)
Ana Paula Bez Batti no Fantástico (imagem: reprodução / Fantástico)

Recentemente, o líder do esquema “Gas Consultoria” foi preso, e a Procuradora compartilhou sua relação com a operação: “Meu objetivo sempre foi rastrear transações financeiras para detectar fraudes fiscais e combater a ocultação patrimonial”.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal, também envolvidos, têm funções semelhantes, reforçando a importância do rastreamento de transações financeiras para a detecção de atividades criminosas.

Ana Paula destacou a relevância de termos de cooperação interinstitucionais, como os firmados entre a PGFN e MPF. Tais termos aumentam a eficiência no combate a atividades ilícitas e no bloqueio do proveito do crime.

“Desde 2017, tenho estudado o ecossistema dos ativos virtuais e, com capacitação e ferramentas adequadas, a prática de ocultação patrimonial por meio de criptoativos será cada vez menor”, afirmou.

Questionada sobre o preparo das autoridades no combate a crimes que envolvem criptomoedas, Ana Paula ressalta que o ecossistema é novo e complexo, mas observa-se um crescente movimento no Brasil de combate a crimes que utilizam essa tecnologia como meio de ocultação patrimonial.

Além disso, a Procuradora é coordenadora do BlockSherlock, uma plataforma que tem sido amplamente utilizada por autoridades para investigações relacionadas a criptoativos.

“A ferramenta reúne diversos links de investigação, serviços e materiais relativos ao ecossistema dos ativos virtuais”, disse ela. O BlockSherlock tem visto um aumento na demanda por suas ferramentas e conhecimento.

Em meio à crescente popularidade das criptomoedas, fica evidente que o Brasil está investindo esforços significativos para combater crimes associados a essa nova tecnologia.

As palavras de Ana Paula Bez Batti reforçam o comprometimento das autoridades nacionais em garantir a segurança e a transparência nesse setor em rápido crescimento.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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