Alvo de uma nova cobertura pelo Fantástico no último domingo (15), o brasileiro Francisley Valdevino, conhecido como “Sheik dos bitcoins”, é o possível responsável por um calote milionário nos Estados Unidos.
Sócio da empresa Forcount, ele pode ter arrecadado US$ 50 milhões de 30 mil vítimas nos EUA. Os investidores eram atraídos pela alta rentabilidade prometida pela empresa.
Para atrair mais pessoas, o CEO era na verdade era um ator contratado para se passar como o executivo a frente dos negócios. Além das apurações nos EUA, a investigação conta com apoio de autoridades brasileiras.
Sheik dos bitcoins voltou para cadeia no Brasil após calote milionário nos EUA
No Brasil, o Sheik dos bitcoins já havia sido preso pela Polícia Federal por seu envolvimento com a Rental Coins e o Grupo InterAG. E no último mês de agosto de 2024, após um tempo em liberdade, ele voltou a ser preso por continuar sua conduta suspeita, na Operação Maracutaia deflagrada pela PF.
Já nos EUA, ele era o sócio da Forcount, ao lado de um ator contratado chamado Nestor Nunes, mas que se apresentava como “Salvador Molina”. Preso nos EUA, Nestor acusa Francisley de o ter iludido para perpetuar sua conduta criminosa contra vítimas.
Enquanto no Brasil o esquema chega a 15 mil vítimas, nos Estados Unidos o número dobra, chegando a 30 mil lesados. Um advogado de uma das vítimas disse ao Fantástico que os criminosos ostentavam uma vida de luxo em redes sociais, passando uma imagem de ganhos fáceis e rápidos com seus investimentos, que não ocorriam de fato.
Vale o destaque que as fortes promessas de ganhos financeiros, associadas à criptomoedas ou bitcoin, costumam ser apenas um chamariz das infames pirâmides financeiras.
O Sheik dos bitcoins mesmo chegou a ser alvo da CPI das Criptomoedas na Câmara dos Deputados em 2023, quando permaneceu em silêncio após um habeas corpus junto ao STF.
O que diz a defesa dele?
Em uma publicação nas redes sociais, a defesa do Sheik dos Bitcoins nega que ele tenha aplicado um calote. Seu advogado Jackson Bahls declarou em uma publicação no Instagram que ele pode ter cometido no máximo o erro de uma má gestão.
“A empresa nunca teve como fim lesar o patrimônio de quem quer que seja. Em verdade, o que passou durante um período foi uma baixa financeira, uma má administração da empresa. E esse ator, em específico, jamais, jamais serviu como ponte para lesar quem quer que seja”.