Brasileiros são acusados nos EUA por golpe com criptomoedas

FBI investigou o possível esquema que agora é avaliado pela justiça dos EUA.

Dois brasileiros estão sendo investigados nos EUA por serem responsáveis por um possível esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, chamado “EmpiresX”. Segundo a acusação, os dois suspeitos possuem 33 anos e estão na mira do FBI.

O setor das criptomoedas observou nos últimos anos muitos golpes surgirem associados a sua tecnologia, visto que com a alta nos preços do Bitcoin os golpistas puderam associar falsas promessas a moeda digital.

Assim, investidores que se depararam com promessas de rendimentos fixas ao mês, com ganhos acima do mercado, puderam ser vítimas dos golpes em todo o mundo. Nos EUA, a situação não foi muito diferente.

Dois brasileiros são acusados nos EUA de serem responsáveis por esquema com criptomoedas

Identificados por autoridades norte-americanas como Emerson Pires e Flávio Gonçalves, ambos com 33 anos, eles foram acusados na última sexta-feira (1) por crimes de pirâmide financeira.

Com sua empresa chamada “EmpiresX”, eles prometiam rendimentos de 30% ao mês para investidores, com supostas operações com robôs de criptomoedas. Segundo a empresa, sua atuação já havia chegado a vários continentes, com presença no Brasil, Estados Unidos, países da África, Europa e Ásia.

EmpiresX também atuava no Brasil e prometia 30% de rendimentos ao mês com robôs de criptomoedas
EmpiresX também atuava no Brasil e prometia 30% de rendimentos ao mês com robôs de criptomoedas. Instagram.

A acusação da justiça dos EUA acredita que eles participaram do esquema ao lado do norte-americano Joshua David Nicholas, de 28 anos. Essa empresa tinha sua sede na Flórida, de onde partiu as investigações e acusações contra os três suspeitos.

A fraude pode ter causado um prejuízo de 100 milhões de dólares aos investidores, ou seja, mais de R$ 500 milhões. Durante sua atuação, os dois brasileiros ainda foram os responsáveis por lavar o dinheiro da empresa fraudulenta, sendo a eles imputado o crime de lavagem internacional de divisas.

Até 45 anos de prisão

Ambos os brasileiros promoveram a EmpiresX com promessas de rendimentos fixos com o suposto robô de criptomoedas, além de outros títulos financeiros sem registro formal junto à CVM dos EUA, a SEC.

Em análise pela blockchain, os investigadores identificaram que os brasileiros lavaram dinheiro em uma corretora de criptomoedas estrangeira, operando assim um esquema ponzi com dinheiro dos clientes.

Agora, os dois brasileiros que se aventuraram com a criação de uma pirâmide nos EUA podem pegar até 45 anos de prisão caso sejam condenados por todas as acusações apresentadas pelo FBI e HSI. Seu cúmplice norte-americano poderá pegar até 25 anos.

Outros três crimes foram apresentados pela justiça dos EUA no mesmo dia envolvendo o mercado de criptomoedas além do praticado pelos brasileiros. Um deles envolve o lançamento de uma falsa coleção NFT, outro uma criptomoeda fraudulenta e o última uma plataforma de falsos investimentos.

Sobre os casos, o diretor do FBI, Luis Quesada, disse os golpistas tentam usar a imagem das criptomoedas em seus crimes, mas as investigações no setor avançam.

“À medida que os mercados de criptomoedas avançam e oferecem novas oportunidades para os consumidores, os criminosos também buscam maneiras de explorá-los. O FBI, juntamente com nossos parceiros de aplicação da lei, continuará investigando e levando esses criminosos à justiça e protegendo o povo americano.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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