Briga tarifária trouxe volatilidade mas não mudou o debasement trade

O rompimento do topo histórico do Bitcoin, em US$ 125.750, durou o necessário para atrair o varejo, mas sem continuidade de alta. Após 12 dias sem correções significativas, o preço do Bitcoin Dólar virou para baixo, rompendo suportes em US$ 120 mil com as preocupações emergentes da guerra comercial EUA x China.

O rompimento foi efêmero

O salto de US$ 108 mil para US$ 123 mil, impulsionado por squeezes de shorts e entrada de fluxo em ETFs, que bateu acima de US$ 875 milhões em 7 de outubro.

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BlackRock e Fidelity lideraram com US$ 899 milhões só no IBIT, elevando o AUM total dos ETFs para US$ 164,9 bilhões. Mas o topo em US$ 125.750, atingido em 6 de outubro, veio sem o follow-through esperado: volume de perpétuos, 8-10 vezes o spot, absorveu a euforia inicial, mas vendedores spot descarregaram em força, empurrando o preço de volta para US$ 122 mil.

Dados on-chain mostram acumulação por holders de 100-1.000 BTC, mas com oferta ilíquida em 72%, o mercado expôs a fragilidade: sem demanda orgânica além dos derivativos, o rompimento falhou.

Claro que o cenário geopolítico acelerou a queda observada em diversas altcoins, algumas chegaram a despencar até 65% em seu pior momento, para depois reduzir as perdas e encerrar o dia com recuo em torno de 22%, como foi o caso da Cardano.

Ventos de cauda macro: Bolsas, ouro e o que isso tem a ver com as criptos.

As bolsas americanas e o ouro seguem rompendo topos, mesmo após o choque entre os EUA e a China. O Russell 2000, índice das small caps americanas, continua renovando máximas históricas, sustentado pela retórica de que o FED está mais atrás da curva do que se imaginava, após as revisões nos dados de emprego dos EUA.

Em outubro, a tese do “debasement trade” se mostrou evidente, com o mercado realizando uma rotação do dólar para o ouro e o Bitcoin. Debasement é o que ocorre quando o mercado “abandona” a moeda base, o dólar norte-americano medido pelo índice DXY. O DXY caiu de 108 pontos para 96 no pior momento do ano e acumula uma queda anualizada de 9%. Para uma moeda forte como o dólar, isso é significativo.

Naturalmente, o investidor global não deixou de investir nas bolsas americanas. A tese de recuperação econômica nos EUA continua sólida principalmente com um corte de juros mais acelerado, particularmente para o Dow Jones e o Russell, enquanto a narrativa de que a inteligência artificial revolucionará a produtividade segue impulsionando o Nasdaq.

Isso ecoa na entrada da Robinhood no S&P 500 em 22 de setembro, substituindo a Caesars Entertainment — um marco que validou o fintech como player institucional, com ações subindo 15% no dia do anúncio e market cap em US$ 91,5 bilhões. Plataformas como Robinhood, agora com credibilidade blue-chip, canalizam fluxos para ativos digitais como ETFs de Bitcoin e de Ethereum.

O que temos em Ethereum essas semanas?

A dominância do BTC (BTC.D) tocou 60,5% em abril, mas caiu para abaixo de 58% no início de outubro, sinalizando rotação para alts. Inflows de ETFs de ETH somam US$ 3,2 bilhões semanais, mas com BTC.D em 57%, alts como ETH lideram o fluxo, com índice de altseason neutro em 55/100. Isso mostra um verdadeiro cabo de guerra que favorece quem espera o pânico.

ETH rejeita topos anteriores em US$ 4.750, que precisavam ser rompidos com força para mirar US$ 5 mil. Mas a correção que chegou pode ser a oportunidade de curto prazo que muitos esperavam. Sobretudo, cautela em momento de alta volatilidade e eventos de risco no radar, como, por exemplo, a guerra tarifária EUA x China.

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