A carteira de bitcoin da GAS Consultoria, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, também conhecido como faraó dos bitcoins, voltou a mover os fundos nos últimos dias, fato que acabou chamando atenção de uma empresa que rastreia movimentações.
As carteiras da empresa constam no inquérito da Polícia Federal que apura as fraudes cometidas pela empresa de Cabo Frio (RJ). Desde a Operação Kryptos, muitas informações comprovaram que a empresa que prometia 10% ao mês com supostas operações com criptomoedas operava, na verdade, um esquema de fraude contra investidores.
Embora muitos ainda acreditem que será possível recuperar valores, as movimentações em carteiras mostram que o atual dono dos fundos segue buscando ocultar valores para dificultar investigações.
Carteira da empresa do faraó dos bitcoins move mais de 1 mil bitcoins
A carteira de bitcoin ligada a GAS Consultoria voltou a movimentar valores após mais de um ano com fundos parados.
De acordo com análise realizada pela empresa Blookseer, que rastreia movimentações em blockchain, as carteiras ligadas ao faraó dos bitcoins movimentaram valores no dia 28 de fevereiro de 2023.
A última vez que a carteira havia realizado movimentações foi em 11 de dezembro de 2021, e desde então o endereço ficou dormente.
Uma das suspeitas das investigações que apuram o caso envolve o fato da esposa de Glaidson, a venezuela Mirelis Zerpa, estar em posse dos fundos e movimentando valores. Ela segue foragida desde a Operação Kryptos.
Carteiras constam em processo da PF
Muitas pessoas não sabem como é possível saber que a carteira é verdadeiramente vinculada a GAS Consultoria.
Contudo, a Blockseer indica que esse é um dos endereços que consta no processo da PF que apura o caso. Ou seja, não há dúvidas que a carteira está em posse de alguém com ligações próximas à empresa.
Vale lembrar que as carteiras de bitcoin vinculadas ao faraó dos bitcoins começaram a ser reveladas em dezembro de 2021. Na ocasião, os saldos dos endereços constavam mais de R$ 1,2 bilhão, que podem pertencer a ex-investidores que confiaram na empresa.
Ao todo, em bitcoin, haviam 4.330 BTCs, que hoje somam pouco mais de 500 milhões de reais, após uma grande desvalorização de mercado das moedas.
Com o principal líder preso em um presídio federal, não está claro quem segue movimentando recursos da empresa, enquanto investidores seguem sem informações concretas sobre o caso.