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Carteira de Bitcoin é acusada de reter dinheiro de usuário

Uma discussão calorosa está acontecendo nas redes sociais. De um lado, um investidor acusa uma carteira de Bitcoin de roubar seus bitcoins, do outro, a empresa se defende, afirmando que as moedas foram sinalizadas como sendo de alto risco.

A quantia em disputa é de 0,031 BTC, equivalentes a R$ 10.000, que seriam usados para a recarga de um cartão pré-pago.

“Alerta: A Volet.com parece estar roubando fundos de usuários!”

“As primeiras transações para recarregar um Mastercard em USD foram bem, mas há algumas semanas o suporte se recusou a creditar um depósito em Bitcoin no valor de alguns milhares de USD, e atualmente estão se recusando a devolver meu dinheiro”, escreveu Giacomo Zucco, que acusa a empresa de reter seu dinheiro.

Seguindo o texto, ele explica que a Volet está exigindo uma “análise on-chain impossível”, requisitando uma prova da origem do saldo em questão para liberá-lo.

“Minha suspeita é que a “tarefa” foi intencionalmente projetada para ser impossível de cumprir, a fim de aplicar um golpe nos usuários”, finalizou.

A acusação chamou a atenção da comunidade, incluindo nomes famosos como Peter Todd, desenvolvedor do Bitcoin, que saiu em defesa do usuário.

Embora a origem dos fundos tenha sido marcada como suspeita, Todd comenta que a Volet já movimentou esses bitcoins, “contaminando” outros endereços de seus clientes, caso essa seja a questão.

“Sobre aquelas moedas “sujas” que são tão “sujas” que a Volet.com não pode devolvê-las para o Giacomo Zucco… Acontece que a Volet.Com as gastou, misturando-as com outros depósitos de clientes! Tipo, meu Deus, agora todos os fundos dos clientes estão contaminados!”

O que diz a Volet?

Ativa nas redes sociais, a carteira Volet.com fez questão de responder às críticas. Em sua defesa, a empresa alega que esse é um procedimento padrão do mercado. Na sequência, também se mostrou incomodada com o barulho causado pela comunidade.

“Ele não é vítima de nada. Pessoas que não tentam depositar criptomoedas de alto risco nunca ouviriam falar dessas coisas. Um reembolso oferecido a ele é perfeitamente razoável e justo, mas ele está atrás de um escândalo público, não de suas moedas”, escreveu a empresa em um tuíte.

“Não gerenciamos mal nada. O procedimento de KYC/AML em relação a criptomoedas se aplica a todos igualmente e não pode ser contornado só porque o cliente pode reunir uma máfia furiosa nas redes sociais.”

Segundo a carteira, Zucco pode receber seu dinheiro de volta caso realize um KYC que leva apenas 1 minuto, mas está preferindo fazer um escândalo nas redes sociais.

Como sugestão, outras pessoas sugeriram que esses procedimentos de KYC fossem realizados antes do usuário realizar um depósito. Independente disso, a discussão segue em dezenas de tuítes, mas as partes ainda não chegaram a um acordo.

Por fim, vale notar que a Volet não é uma carteira de auto-custódia. Ou seja, o usuário não tem controle sobre suas moedas e, desta forma, refém de políticas comuns na indústria.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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