Casal que vendia “robô trader” de bitcoin é condenado a 9 anos de prisão

Casal foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado.

Um casal de diretores da pirâmide financeira TotalX, que operava de Curitiba desde 2019, foram condenados a prisão e pagamento de multa, após uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

Na última segunda-feira (24), a 9.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba condenou Maike Rodrigues e Marina Giehl Reis, os até então diretores da empresa.

Eles eram acusados de operar um esquema financeiro que gerou um prejuízo que supera os R$ 6,5 milhões.

Em agosto de 2019, a pirâmide TotalX abria uma sede para investidores de criptomoedas
Em agosto de 2019, a pirâmide TotalX abria uma sede para investidores de criptomoedas. Reprodução/Instagram.

Pirâmide de criptomoedas TotalX tem diretores condenados a prisão

De acordo com informações reveladas pelo MPF, os dois diretores da TotalX foram condenados a 9 anos de prisão em regime fechado.

Além disso, eles devem pagar uma multa de R$ 6.542.258,00 para reparar os danos causados com a operação fraudulenta.

A denúncia foi recebida pelo MPF apenas em abril de 2022, quando eles perceberam que Rodrigues e Marina criaram a empresa com a promessa de realizar o comércio de bitcoin.

Com o início de suas atividades, eles ofertaram por meio de redes sociais e YouTube a aquisição de robôs de trade, que supostamente automatizavam os investimentos em criptomoedas.

Assim, a promessa de lucros era de rendimentos diários de 4% até a 300% ao dia.

Entre 2019 e 2021 o casal condenado captou mais de R$ 6,5 milhões, valor que era utilizado em benefício dos golpistas, não existindo um robô de criptomoedas de verdade.

Informações falsas de “compra de bitcoin na baixa e venda na alta”

Em nota pública sobre o caso, o MPF disse que os golpistas prometiam que seus robôs compravam bitcoin na baixa e vendiam na alta. No entanto, tudo indica que essa gestão não era automática, mas manual.

Assim, os extratos de contas mantidas junto ao Bradesco comprovaram para os investigadores que os valores aplicados pelos clientes tinham dois destinos.

Um deles era a corretora Bitcoin2You (Vivar Tecnologia), onde os golpistas compravam criptomoedas sem qualquer uso de inteligência artificial. O outro destino era a aplicação no produto Bradesco Invest Fácil, que é uma renda fixa atrelada ao CDI.

De acordo com a justiça, “os investidores eram mantidos em erro, acreditando que suas poupanças eram geridas por robôs digitais de alta tecnologia, quando na realidade havia simples aquisição de criptomoedas e investimentos de baixo risco e baixa rentabilidade“.

Após o golpe ser consolidado, o CNPJ foi dado baixa e site e redes sociais da empresa foram desativados, abandonando os clientes que recorreram na justiça em busca de seus direitos.

Pelo Reclame Aqui é possível ver que 86 queixas foram registradas nos últimos anos, com vários relatos de clientes desesperados sem acesso aos seus investimentos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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