A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20) promete trazer volatilidade aos mercados financeiros globais. Em seu discurso, Trump apresentou propostas que incluem o aumento tarifário gradual, a criação de uma “reserva nacional de Bitcoin”, e o fortalecimento das fronteiras para combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
Além disso, o presidente sinalizou mudanças estratégicas na América Latina, incluindo críticas ao Canal do Panamá e ao papel chinês na região, enquanto defendia um isolamento de conflitos internacionais para reduzir custos aos contribuintes.
Expectativas para a Reunião do FOMC
A próxima reunião do FOMC, marcada para o dia 29, é outro ponto-chave. O mercado projeta que a taxa de juros será mantida na faixa entre 4,25% e 4,5%, com apenas 26,3% de probabilidade de alterações. Entretanto, a inflação, especialmente os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI), segue como uma variável crítica, limitando expectativas de cortes de juros em 2025.
Mercado: dólar e Índice S&P 500
O índice do dólar (DXY) está testando níveis técnicos importantes de resistência. Uma rejeição nessa zona pode levar a uma correção até 108,4 pontos, enquanto um rompimento pode abrir espaço para novas altas, atingindo 105,61 pontos no primeiro trimestre de 2025.
Já o S&P 500 continua próximo do patamar psicológico dos 6.000 pontos, oscilando dentro de uma zona de consolidação que mantém o mercado em expectativa. Na Análise Técnica o suporte principal está em 5.781 pontos, e uma eventual quebra desse nível pode levar o índice a bandas de baixa, com alvos em 5.439 e 5.040 pontos.
Por outro lado, a retomada da tendência de alta projetaria alvos ambiciosos, como 6.290 e até 7.279,20 pontos.
Além da posse de Trump, eventos globais relevantes, como a decisão do Banco do Japão (BoJ) e dados econômicos da Alemanha e do Reino Unido, marcarão a semana. A decisão do BoJ sobre taxas de juros e os indicadores econômicos, como desemprego e sentimento econômico, serão acompanhados de perto pelos investidores para ajustar expectativas sobre a recuperação econômica global.
