CEO da BlackRock critica o dólar e defende o Bitcoin

Embora não tenha mencionado a palavra Bitcoin diretamente, Larry Fink destacou que "um produto de criptomoeda internacional" pode desbancar outros ativos considerados como fortes pelo mercado.

Larry Fink, CEO da BlackRock, voltou a mostrar entusiasmo com o setor de criptomoedas. Em conversa com a CNBC, publicada nesta quinta-feira (13), o executivo criticou o dólar enquanto promovia o Bitcoin.

Outro destaque da conversa ficou para o público alvo do possível ETF de Bitcoin da BlackRock. Segundo Fink, diversos investidores de ouro estão tentando entender esse novo mercado.

Quanto ao papel da BlackRock nessa migração para uma economia digital, Fink apontou que sua empresa está focada na segurança e proteção de seus clientes.

Larry Fink, CEO da BlackRock, afirma que criptomoedas podem superar ganhos de outros ativos

Embora não tenha mencionado a palavra Bitcoin diretamente, Larry Fink destacou que “um produto de criptomoeda internacional” pode desbancar outros ativos considerados como fortes pelo mercado.

Em contra-partida, criticou o baixo desempenho do dólar, considerado como uma das maiores reservas de valor mais usadas e confiáveis do mundo.

“Se você olhar para o valor do nosso dólar, como ele se desvalorizou nos últimos dois meses e quanto se valorizou nos últimos cinco anos, um produto de criptomoeda internacional pode realmente transcender isso”, comentou o Fink, provavelmente se referindo ao ETF de Bitcoin da BlackRock.

“É por isso que acreditamos que há grandes oportunidades e é por isso que vemos cada vez mais interesse. E o interesse é amplo, mundial.”

Sobre esse interesse, o CEO da BlackRock apontou para a grande demanda vinda de investidores de ouro nos últimos 5 anos. Também baseado em escassez, o Bitcoin rapidamente recebeu o apelido de “ouro digital” e até mesmo a atividade de mineração é oriunda das minas de ouro.

Devido as suas vantagens, como divisibilidade, transportabilidade e portabilidade, muitos acreditam que o Bitcoin consiga alcançar o valor de mercado do ouro no futuro.

No momento, o Bitcoin está valendo US$ 607 bilhões em sua totalidade. Já o ouro está próximo aos US$ 13 trilhões. Ou seja, o BTC precisará valorizar 21 vezes, nada surreal para seu histórico.

Em 2021, durante seu recorde de preço, o BTC chegou a passar a prata em valor de mercado. O ‘flip’ não durou muito tempo, é verdade, mas ainda assim é um feito notável.

CEO da BlackRock defende papel de sua empresa para as criptomoedas

Com notícias diárias sobre hacks, insolvências de corretoras e acusações de manipulação, muitos investidores podem se sentir inconfortáveis para entrar no mercado de criptomoedas.

Dado isso, a BlackRock acredita que seu ETF de Bitcoin seja a ferramenta perfeita para tais investidores, tanto de varejo quanto institucionais.

“Estamos trabalhando com nossos reguladores porque, como em qualquer novo mercado, se o nome da BlackRock estiver nele, vamos garantir que esteja são e salvo e protegido”, comentou Larry Fink à CNBC.

Por fim, essa nova gama de investidores pode fazer o preç do Bitcoin decolar. Em comparação, o primeiro ETF de ouro fez o metal disparar 380%. A SEC tem até março de 2024 para responder à aplicação da BlackRock e outras sete gigantes de Wall Street.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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