China já proibiu Bitcoin sete vezes desde 2013

Bancos foram proibidos de negociar moeda, corretoras e até grandes empresas. Neste ponto, os recentes relatórios de 2021 não são bem uma novidade para quem já acompanha as criptomoedas há alguns anos.

Muitos investidores observaram o banimento recente da China ao Bitcoin como uma catástrofe, mas muitos não sabem que, desde 2013, o país asiático já baniu as criptomoedas em pelo menos sete ocasiões.

De fato é preocupante ver um dos principais países em força econômica mundial difamar determinada criptomoeda. Isso porque, além de colocar pressão no setor, pode afastar investidores institucionais do ambiente, logo quando eles vinham ganhando mais confiança na tecnologia.

Além disso, a mineração das criptomoedas, principalmente do Bitcoin, está presente em várias instalações na China. Ou seja, com as recentes repressões, muitos acreditam que o Bitcoin poderia sofrer, levando seu preço a quedas nos mercados.

China em sua relação conturbada com criptomoedas, já proibiu Bitcoin pelo menos sete vezes

A saga da China contra o Bitcoin começou ainda no início da história do Bitcoin. Há quase oito anos, em dezembro de 2013, a China falava contra a criptomoeda pela primeira vez.

De acordo com a BBC, na época, a China emitia um alerta para que bancos não negociassem Bitcoin com clientes. O anúncio partiu do Banco Popular da China, que é o banco central do país, autoridades financeiras e até o Ministério de Tecnologia.

Um mês depois, a Alibaba, uma das maiores empresas do país, anunciou acatar a medida do banco central. Essa, que pode ser considerada a segunda proibição do Bitcoin na China, desta vez por uma grande empresa, foi noticiada pela Reuters, em janeiro de 2014.

O país esqueceu então o Bitcoin, voltando a alertar contra a tecnologia em setembro de 2017, pela terceira vez. Naquele mês, foram duas proibições seguidas, em meio a maior alta de preços do Bitcoin até então.

No início de setembro, a China afirmou que iria banir as ofertas iniciais de criptomoedas, conhecidas como ICO. Além disso, a Bloomberg cobriu o segundo alerta do período, que seria sobre as corretoras de criptomoedas que passariam a ser proibidas na China.

Em fevereiro de 2018, a China voltou a falar do Bitcoin, afirmando que iria eliminar as negociações. Dessa vez, conforme publicado pelo SCMP, plataformas estrangeiras seriam proibidas de operar naquele país.

Em 2019, a sexta vez em que o Bitcoin foi maldito pela China, a BBC informou que o país planejava o fim da mineração. Na ocasião, em abril de 2019, o país afirmou que essa era uma atividade que deveria ser proibida no território.

Dessa vez é diferente?

A sétima vez que a China fala contra o Bitcoin, coincidentemente, é em meio a nova alta do mercado, agora em 2021. O Banco Central reforçou as medidas que já haviam sido publicadas, além de outras autoridades também.

Não se sabe, contudo, se dessa vez a China conduzirá mudanças drásticas, porque das outras vezes empresas continuaram a fornecer serviços, ainda que sob algumas restrições. O país é importante hoje para o ecossistema do Bitcoin, e isso que causou medo em investidores.

Nesta segunda-feira (24), o preço do Bitcoin recupera 2% de seu valor, com a volta gradual de investidores ao mercado. Mas o noticiário chinês ainda pode assustar mais alguns, caso a trégua não seja duradoura.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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