Um psicólogo teve seus equipamentos de mineração de criptomoedas apreendidos pela polícia, após uma batida que investigava um golpe de clonagem de WhatsApp. Segundo as investigações, ele era o líder de uma organização criminosa que buscava extorquir vítimas a pagar pelo resgate de seus dados.
Na última semana, suas ações fraudulentas foram alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal da Argentina (PFA), que cumpriu mandados em endereços relacionados a ele.
O profissional da saúde era vinculado ao Ministério da Saúde da Argentina, mas estava afastado com licença sem remuneração. As investigações contra ele e seu esquema ocorrem em Buenos Aires e Chubut, desde fevereiro de 2022.
Psicólogo tem equipamentos de mineração de criptomoedas apreendidos pela polícia federal. Máquinas estavam na casa da avó
Ao cumprir mandados contra Nicolás Sebastián Ariza, de 39 anos, a polícia federal foi até dois endereços. Um deles era na casa de sua avó que sofre de deficiência e que por ter renda baixa tem isenção de impostos.
No local, a polícia encontrou uma prateleira com várias placas de vídeo para mineração de criptomoedas, que estavam ligadas e gerando moedas ao suspeito, indica a PFA.
No momento da batida policial, segundo informações divulgadas por um jornal argentino, os agentes entraram arrombando a porta do suspeito, que foi levado sob custódia. Ele ainda não foi acusado pelo Ministério Público, que aguarda para em breve apresentar as provas contra ele e elucidar melhor o caso.
Vale lembrar que ele também é suspeito de lavar dinheiro com criptomoedas, em valores frutos de seus crimes. Essa situação ainda é uma hipótese levantada pela polícia, que segue investigando o caso.
Como o psicólogo cometia seus crimes?
Além da mineração de criptomoedas, o psicólogo afastado de sua profissão também tinha uma rede de contatos que praticava crimes de estelionato virtual.
Para isso, eles buscavam alvos com grande poder aquisitivo e então procediam a tentativas de invasão cibernética das contas deles, tanto pelo WhatsApp quanto pelo Instagram.
Segundo o jornal El Sol, eles utilizavam técnicas de engenharia digital que convenciam as vítimas a cair em suas armadilhas. A maior parte das vítimas acreditaram que os contatos eram de pessoas do serviço de suporte do WhatsApp ou Instagram, fornecendo dados pessoais para os criminosos.
Os contatos das vítimas também eram acionados assim que os bandidos assumiam o controle dos aplicativos, sendo que muitos enviaram dinheiro acreditando ser dos seus conhecidos. A fraude pode ter causado danos de 8 milhões de pesos argentinos, soma que hoje dá mais de R$ 320 mil.