O CME Group, que já oferece contratos futuros de Bitcoin desde 2017, está se preparando para lançar um serviço de negociação à vista da maior criptomoeda do mercado. As informações foram apresentadas pelo Financial Times nesta quinta-feira (16), dia de alta para o BTC.
O movimento acontece quatro meses após a SEC aprovar diversos ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, que tiveram um grande fluxo de entrada. Portanto, essa demanda pode ser o motivo do interesse do CME em expandir seus negócios.
No momento desta redação, o Bitcoin está sendo negociado por US$ 65.800. Os ganhos chegam a 6% na semana devido à alta registrada nesta quarta-feira (15) após a divulgação dos dados de inflação dos EUA.
FT diz que críticos viraram advogados do Bitcoin
Na mesma matéria, o Financial Times destaca que “algumas das maiores instituições financeiras do mundo deixaram de ser céticas e se tornaram defensoras do Bitcoin”. Além de mais um ciclo de alta para calar os críticos novamente, o jornal britânico destaca que a própria aceitação do Bitcoin pelo mercado tradicional também está ajudando nessa mudança.
Em outras palavras, seria como se instituições estivessem seguindo o comportamento de suas concorrentes.
Sendo assim, a entrada de gigantes como BlackRock e, mais recentemente, do aporte de R$ 834 milhões pelo estado americano de Wisconsin, está influenciando os demais, incluindo a própria FT, que já chamou os ETFs de Bitcoin de “conto da sereia” em outra oportunidade.
Por outro lado, o CME Group, maior bolsa de futuros do mundo, já é um grande fã do Bitcoin desde 2017, quando lançou contratos futuros de BTC. Portanto, sua entrada no mercado à vista pode ser uma dobra em sua aposta.
Finalizando, a FT comenta que o CME foi um dos principais beneficiados com a aprovação dos ETFs nos EUA. Isso porque o interesse institucional pela criptomoeda gerou um aumento no volume de negociações na plataforma, fazendo a bolsa ultrapassar até mesmo o mercado de futuros da Binance.
ETFs de Bitcoin tem dia de grandes entradas após divulgação dos dados de inflação nos EUA
Além do interesse da CME, outro ponto para acreditar que o rali do Bitcoin está longe do fim é o fluxo dos ETFs americanos. Nesta quarta-feira (15), até mesmo o GBTC ficou no positivo. No total, o ETF de Bitcoin da Grayscale fechou o dia com US$ 27 milhões em aportes.
De qualquer forma, outras gestoras tiveram um dia ainda melhor. FBTC, da Fidelity, teve entradas de US$ 131,3 milhões, já o BITB, da Bitwise, de outros US$ 86,3 milhões. Esses foram os melhores números dos últimos 15 dias para ambas.
O IBIT, da BlackRock, teve seu terceiro dia sem nenhum fluxo de entrada ou saída. Independente disso, os ETFs fecharam a quarta-feira com entradas de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) quando somados.
A razão dessas entradas pode estar ligada à divulgação dos dados de inflação dos EUA. Com números que agradaram o mercado, as previsões sobre três cortes nos juros pelo Fed ainda em 2024 se intensificaram.