Maior corretora cripto dos EUA entra com pedido para trabalhar mercados futuros e derivativos

Uma das principais diferenças entre estes mercados e o mercado spot é que os usuários podem operar vendidos (short), lucrando quando o preço da moeda negociada cai, ao contrário do mercado spot onde, neste mesmo cenário de queda, o usuário apenas pode vender as suas moedas e então recomprá-las por um preço menor.

CoA maior exchange dos EUA, a Coinbase, anunciou em suas redes sociais que entrou com um pedido para trabalhar com mercados futuros e derivativos. O pedido foi enviado para a NFA, organização americana independente e, caso aprovado, a exchange também precisará da aprovação da CFTC, outra instituição voltada a regulação desta indústria.

Em abril deste ano, a Coinbase foi listada na Nasdaq e as suas ações começaram a ser negociadas a 342 dólares, deixando a empresa com um valor de mercado de quase 100 bilhões de dólares.

Entretanto, o preço das ações da companhia caíram com o preço do BTC, que atingiu seu topo histórico naquela mesma época, e no momento estão sendo negociadas por cerca de 242 dólares.

Coinbase quer expandir

A tentativa da Coinbase de entrar no mercado de futuros e derivativos acontece poucos dias após a SEC ameaçar processar a empresa, pois ela estava tentando oferecer um serviço de empréstimo aos seus usuários, rendendo juros aos mesmos.

Os sinais de expansão são de longa data. Embora no passado a corretora trabalhasse com poucas altcoins, em relação as suas concorrentes, a expansão de opções aos usuários é perceptiva: hoje a exchange permite a negociação de 95 criptoativos diferentes.

Hoje a Coinbase trabalha apenas com mercados spots, ou seja, de compras e vendas a vista e um das cinco maiores deste setor. Sua tentativa de expansão para o mercado de futuros é uma busca por mais lucros, já que este setor apresenta um maior volume de negociações.

O que são mercados futuros e derivativos de criptomoedas?

Uma das principais diferenças entre estes mercados e o mercado spot é que os usuários podem operar vendidos (short), lucrando quando o preço da moeda negociada cai, ao contrário do mercado spot onde, neste mesmo cenário de queda, o usuário apenas pode vender as suas moedas e então recomprá-las por um preço menor.

Outra diferença é a possibilidade de operar alavancado, ou seja, se o usuário acredita que o preço do BTC vai subir, ele pode abrir uma posição de compra (long) duas vezes (ou mais) maior, tendo o dobro de ganhos ou perdas, além das taxas.

A prática da alavancagem é muito criticada por vários players da indústria, já que muitas exchanges oferecem alavancagens tão grandes quanto 125 vezes, o que acaba tornando esta negociação uma loteria já que o mercado de criptomoedas é muito volátil e muitas vezes acaba liquidando estas negociações.

Mercado lucrativo

Durante muito tempo o mercado de futuros foi dominado pela BitMEX, que acabou sendo processada pelos EUA por operar sem registro e outras acusações como falta de medidas contra lavagem de dinheiro e KYC. Devido a esta crise, outras exchanges como a Binance, FTX e OKEx agora brigam para dominar este lucrativo setor.

Entretanto, devido às leis americanas, nenhuma delas oferece este serviço dentro dos EUA. Caso a tentativa da Coinbase tenha êxito, os lucros da empresa poderão aumentar exponencialmente. No momento, as ações da Coinbase não apresentaram mudança positiva e estão 2% abaixo do preço de abertura diário desta quinta-feira.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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