O último relatório da Ark Invest, empresa americana de gestão de ativos fundada por Cathie Wood, aponta que um único bitcoin pode valer 1,6 milhão de dólares (R$ 7,2 milhões) na próxima década. Aprofundando-se, a empresa aponta como chegou a este número.
Publicado na semana passada, 25 de janeiro, o relatório coloca o Bitcoin como uma das tecnologias com maior potencial de valorização. Imaginando um futuro onde a tecnologia blockchain está presente ao lado de carros elétricos, inteligência artificial, robótica e outras.
Embora seja difícil acreditar em um número tão alto, em 2009 era difícil acreditar que o Bitcoin valeria 1 dólar. Assim como era difícil crer, em 2013, que o Bitcoin chegaria a 20 mil dólares, o mesmo em 2017, ao pensar no BTC em U$ 69 mil. Portanto, é bom acumular alguns satoshis na carteira.
Bitcoin em 7 milhões de reais
Com uma capitalização de mercado avaliada em 1,1 trilhão de dólares na data dos estudos — hoje em U$ 700 bilhões —, a Ark Invest estima que o Bitcoin tenha potencial para chegar aos U$ 28,5 trilhões, equivalente a 150 trilhões de reais.
Caso isso aconteça, cada unidade de Bitcoin estará valendo 1,36 milhão de dólares, equivalente a 7,2 milhões de reais. Ou seja, o Bitcoin precisa valorizar 37 vezes para que a previsão se realize.
Indo além, a Ark fez questão de explicar como o Bitcoin pode chegar a este preço ainda na próxima década. Para isso, a empresa dividiu este valor em diferentes seções, como mostrado abaixo.
- U$ 14.000 — Remessas internacionais
- U$ 133.000 — Moeda de mercados emergentes
- U$ 181.000 — Volume de transações
- U$ 181.000 — Reservas internacionais
- U$ 190.000 — Ativo anti-censura
- U$ 196.000 — Investimento institucional
- U$ 200.000 — Reservas de instituições
- U$ 260.000 — Alternativa ao ouro
- U$ 1.360.000 por cada Bitcoin
O primeiro ponto afirma que o Bitcoin tem potencial para capturar 50% das remessas internacionais. Adicionando 14 mil dólares a soma por ser uma melhor alternativa a serviços como Western Union.
Junto a isso, outros 133 mil dólares seriam correspondentes a 10% do agregado monetário M2 de países emergentes. Bem como U$ 181 mil que representam 25% do volume de transações bancárias dos EUA.
Chegando aos 500 mil dólares por unidade, a Ark crê que outros U$ 181 mil seriam frutos de 1% das reservas internacionais de países. Por hora, El Salvador é o único país possui Bitcoin como reserva de valor.
Por ser um ativo anti-censura, a Ark acredita que pessoas ricas tem interesse em alocar 5% de seu capital em Bitcoin. Isso adiciona U$ 190 mil a sua conta.
Somado a isso estão U$ 196 mil referentes a 2,55% dos ativos institucionais, uma parcela bem pequena. Bem como 5% do dinheiro das 500 empresas que compõem o índice S&P 500, representando outros U$ 200 mil.
Por fim, a Ark estima que o Bitcoin possa capturar 50% do valor de mercado do ouro, servindo como uma melhor reserva de valor devido as suas características como divisibilidade, fácil transporte e armazenamento, liquidez, oferta transparente e comprovada matematicamente, dentre outros pontos.
Portanto, ao finalizar a soma com estes U$ 260.000, a Ark acredita que um único Bitcoin possa valer U$ 1,36 milhão, ou seja, 7,2 milhões de reais na próxima década. Tudo isso sem levar a inflação em conta.