Conheça a ZHealth, a primeira blockchain de saúde brasileira

Uma startup blockchain ligada a saúde!

A relação da Blockchain e das criptomoedas com a saúde não é nova, já existem vários projetos mundo a fora explorando o tema, mas fomos atrás de conhecer um projeto que está a ser construído no Brasil, conheça a ZHealth!

Quando pensamos em saúde pensamos na relação de nosso corpo estar em um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

Para isso, o acompanhamento em tempo real por softwares tem ajudado a medicina a manter registros históricos de pacientes, e com isso tomar decisões baseadas no melhor cenário possível para cada paciente.

No Brasil, a primeira solução blockchain de registro de prontuário médico começou com a plataforma ZHealth, fundada por Pedro Petri.

Em entrevista exclusiva ao Livecoins, Pedro nos deu mais detalhes sobre a sua ferramenta, acompanhe a seguir o papo que tivemos.

1. Pedro você está se formando em Medicina, e gostaríamos de saber quando conheceu sobre criptomoedas e blockchain? Como foi o início da ZHealth?
Tenho 21 anos e faço medicina na PUC. Acho importante contextualizar de onde veio esse conceito de empreender na área médica, antes de entrar na parte da blockchain propriamente dita.

Quando eu tinha 17 anos fundei minha primeira Startup, ao ver uma necessidade que os estudantes tinham na preparação para o vestibular, em encontrar as resoluções das questões de apostilas e concursos passados. Foi então que eu junto com o Guilherme Tutida, juntamente com mais dois garotos de 15 anos, idealizamos e programamos a FOCO, uma startup que por meio da captura de fotos das questões trazia a resolução das mesmas.

Na época acabamos penando muito com a maturidade necessária para a formação de um negócio sólido, e então abandonamos o projeto. Mas sempre tive essa questão de querer melhorar a situação das pessoas agindo para transformar essa realidade, e então fui apresentado ao Bitcoin, e me intriguei muito com todo o alvoroço criado ao redor dele. Adquiri algumas frações, mas não me dei por satisfeito e comecei a pesquisar mais sobre a tecnologia por trás, e como ela estava sendo utilizada em outras áreas que não a financeira.

Foi a partir daí que observei algumas soluções na área de saúde no exterior, adaptei o projeto para a realidade brasileira e convidei meu sócio Guilherme Tutida para participar do projeto comigo. Ele então me conectou com o Matheus Hirata que por sua vez me conectou com o Lucas Simonini, nos transformando então na ZHealth.
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2. Como surgiu a sua Startup, desde a ideia até o inicio do projeto?
Porque utilizar a Hyperledger, comparado a outras formas de criação de dApps como Ethereum por exemplo? Qual a facilidade e vantagens da Hyperledger em sua opinião e seu projeto?
A Z (como nós 4 normalmente nos chamamos), surgiu com a proposta de fazer com que todas as pessoas tenham acesso as suas informações médicas a qualquer momento e local, priorizando sempre a agilidade e segurança. Nós fomos os primeiros no Brasil a utilizar a blockchain em benefício da área de saúde e nos orgulhamos muito disso! Nós optamos por utilizar o Hyperledger depois de muita pesquisa na área.

Primeiro entramos em contato com uma startup agro aqui de Londrina que utiliza o Corda, e eles nos mostraram como a mão de obra e o desenvolvimento do ecossistema estava lento, e a vontade dos mesmos para migrar para a solução da Linux Foundation/IBM. Sobre a Ethereum, tivemos algumas sugestões de uso, mas acabaram pesando fatores como a não realização de ICO, e além disso, o impulso proporcionado pela IBM para startups que tenham faturamento anual abaixo de 4 milhões por ano.
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3. O quanto essa ferramenta pode ajudar na adoção das criptomoedas/blockchain no mercado brasileiro, e qual o impacto esperado com a mesma para o país?
Nós esperamos gerar um grande impacto na sociedade brasileira a partir do uso da Blockchain em saúde. Acreditamos que ela será um grande divisor de águas, ao difundir essa tecnologia a todas as classes e segmentos da sociedade, pois a saúde é uma coisa essencial a toda pessoa, e esse contato na hora mais complicada de nossas vidas, levará à uma grande valorização da tecnologia e difusão de conhecimento da mesma.

Nossa maior ambição é ter um registro único de todas as pessoas dentro dessa cadeia de negócios, e a partir desse momento permitir com que as pessoas se conectem com profissionais da saúde, laboratórios, farmácias, pesquisadores, tudo isso da maneira mais segura e sem intermédios possível.
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4. Há planos de criação de algum token descentralizado no projeto? Realizar algum ICO para financiar o mesmo?
Nós estamos estudando a viabilidade/necessidade da criação de tokens para o projeto, juntamente com a realização de ICO. Infelizmente tivemos recentemente a grande enxurrada de ICOs de projetos furados, isso fez com que uma imagem muito ruim fosse criada a respeito do tema, tanto na comunidade como na sociedade em geral (que passou a conhecer as criptos por escândalos como esses).

Portanto estamos bem cautelosos a respeito disso, queremos primeiro ter uma solução operante e que faça sentido, para depois pensar em alguma expansão do projeto que faça necessário um aporte maior de dinheiro para realização.

Primeiramente no nosso projeto estamos desenvolvendo uma espécie de web service em blockchain, que será responsável por integrar as informações de todos os softwares de prontuários eletrônicos existentes, criando um cadastro unificado de cada paciente, bem como sua evolução cronológica e autenticação por meio de HASHs para que essa informação tenha a garantia de autenticidade.

Sobre as imagens e laudos de exames, iremos aplicar o mesmo conceito, colocando o hash da imagem dentro da blockchain e armazenando a mesma em um banco externo, permitindo dessa maneira também a segurança quanto ao armazenamento desse tipo de informação. Nós atualmente estamos sendo acelerados pela HOTMILK LONDRINA (aceleradora da PUCPR), e temos a PUC como nosso primeira instituição parceira.
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5. O que mais está no roadmap da equipe para o projeto?
Queremos após crescer no mercado de integração de prontuários e exames, adentrar no mercado de wearables e genético, permitindo cada vez mais que o médico possa ter um panorama mais abrangente e possa fazer correlações, buscando sempre a prevenção de moléstias de maneira rápida e eficiente.

Tendo sempre em vista o impacto econômico positivo que essas informações juntas teriam para o atual insustentável sistema de saúde brasileiro/mundial.
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6. Qual a visão após o início do projeto, barreiras e dificuldades enfrentadas?
Quando começamos a trabalhar com blockchain recebemos olhar e estranheza por uns, e entusiasmos por outros, mas a realidade que o ecossistema brasileiro carece e muito de informações a respeito.

Na nossa área principalmente, pouquíssimo se fala a respeito, acredito que um pouco pela dificuldade na vida estudantil/profissional do médico, com cargas horárias muito extensas que deixam pouco ou nenhum tempo hábil para tratar desse tipo de assuntos.

De certa forma outra dificuldade inicial foi a mão de obra para realização do projeto, extremamente cara e escassa, o que nos levou a dar um passo atrás e a focar no desenvolvimento interno.
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7. A regulamentação permite aplicações assim, Conselho de Medicina já se posicionou sobre sua aplicação em algum momento?
Sobre as regulamentações da blockchain nos conselhos de medicina, ainda é tudo muito novo.

A princípio, tivemos uma conversa informal com um membro do conselho, e ele se mostrou interessado em saber mais sobre a tecnologia, o que nos fez marcar uma reunião no Conselho Regional de Medicina do Paraná.

Acredito que até o fim do ano teremos uma sinalização do mesmo sobre qual será o posicionamento à respeito do tema. Infelizmente, na legislação brasileira não há nada concreto à respeito da regulamentações de aplicações em blockchain, mas por já existirem propostas nesse âmbito, acreditamos que a partir do momento em que mais soluções forem aparecendo, crescerá o interesse na área.
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8. O que mais gostaria de dizer para nossos leitores?
Por fim, gostaria de agradecer a oportunidade de falar um pouquinho sobre o tema, minha experiência na área e sobre a ZHealth, e dizer para que acompanhem nosso Facebook para mais novidades.

Me ponho a disposição também para qualquer questão dos leitores, ficarei feliz em responder e contribuir com a comunidade, meu e-mail é pedro@zhealth.com.br
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Finalizamos deixando claro que a aplicação em Blockchain Hyperledger possui o foco em negócios, e está a ser difundida no país como uma das mais utilizadas segundo estudo recente.

Essa é mais uma ferramenta que a Blockchain mostra o seu potencial em território brasileiro, e seguiremos acompanhando atentos o desenvolver deste projeto.

Qual a sua opinião sobre o tema?

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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