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Corretora de criptomoedas fecha as portas após ser hackeada e perder R$ 1.5 bilhão em Bitcoin

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A corretora de criptomoedas DMM Bitcoin, fundada em 2018, anunciou que decidiu encerrar suas operações após sofrer um ataque hacker devastador que resultou na perda de US$ 320 milhões em Bitcoin.

Conforme reportado pelo Livecoins, o ataque envolveu o comprometimento de uma chave privada e a invasão de um servidor da empresa, resultando em um dos maiores hacks de criptomoedas do ano e deixando a corretora incapaz de se recuperar financeiramente.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (2), a empresa confirmou um acordo com a SBI VC Trade, parte do conglomerado financeiro japonês SBI Group, para transferir os ativos e contas de seus clientes.

“Sob este acordo, os ativos de depósito dos clientes (em ienes japoneses e criptoativos) em contas abertas na DMM Bitcoin serão transferidos para nós já em março de 2025”, disse a SBI Group em comunicado (traduzida do japonês).

A migração está prevista para ser concluída em março do ano que vem. Sob os termos do acordo, a SBI assumirá a responsabilidade pelos depósitos de criptomoedas dos clientes da DMM, bem como pelos ativos digitais retidos pela própria exchange.

Hack devastador e impacto irreversível

A DMM Bitcoin foi hackeada em 30 de maio deste ano, expondo a vulnerabilidade das plataformas centralizadas. Cerca de 4.500 Bitcoins, (R$ 433 milhões) foram roubados de uma única carteira da exchange, que classificou o incidente como um “vazamento não autorizado”.

Apesar das promessas iniciais de reembolsar os clientes com suporte de empresas do grupo DMM, a gravidade do prejuízo dificultou a sustentabilidade da operação.

No mês do hack, a corretora afirmou que os depósitos dos usuários “seriam totalmente garantidos” e prometeu “obter a quantia equivalente de BTC” para compensar os usuários afetados.

Desde então, o Bitcoin valorizou mais de 100%, o que pode ter dificultado a situação da empresa.

Além do impacto direto, investigações sugerem que o Lazarus Group, um grupo de hackers da Coreia do Norte, pode estar por trás do ataque, com US$ 35 milhões rastreados e vinculados a atividades ilícitas na plataforma Huione Guarantee.

Este é mais um golpe para a já fragilizada confiança em exchanges centralizadas, que enfrentaram uma série de hacks ao longo de 2024, incluindo incidentes na Índia, Singapura e Turquia.

Fim de um ciclo para a DMM Bitcoin

Fundada como uma extensão do DMM Group, gigante do comércio eletrônico japonês, a exchange também encerrou outros projetos ambiciosos ao longo do ano. Entre eles, o Protocolo Seamoon, um portal Web3 que combinava jogos e animes, foi descontinuado devido às “mudanças rápidas no ambiente de negócios”.

A tentativa de introduzir uma stablecoin em parceria com a Progmat também foi abortada. A corretora afirmou que decidiu encerrar suas operações porque considerou que restrições prolongadas em seus serviços causariam problemas aos clientes.

O motivo do hack ainda não foi descoberto, mas há suspeita de um ataque cibernético de engenharia social direcionado aos funcionários da empresa.

Enquanto isso, a agência de fiscalização financeira do Japão mandou a empresa melhorar suas operações, afirmando que sua “estrutura de gerenciamento de risco” era insuficiente.

O fechamento da corretora é uma triste notícia para milhares de clientes, mas serve de alerta para outros, aconselhados a não deixar ativos digitais em plataformas centralizadas, afinal, hacks podem acontecer em qualquer empresa, até mesmo na NASA, literalmente.

Os clientes agora devem escolher outra corretora para negociar bitcoin e criptomoedas, mas desta vez com o medo de perder dinheiro e, portanto, aprenderam sobre a importância da autocustódia.

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Autor:
Livecoins