Corretora de criptomoedas sofre ataque de R$ 229 milhões e token despenca

Hackers roubaram Frax (FRAX), Wrapped Bitcoin (WBTC), Wrapped Ethereum (WETH), entre outras criptomoedas, mas somente o token GMX opera em queda nesta quarta-feira (9).

A GMX, uma corretora descentralizada de criptomoedas, sofreu um ataque na manhã desta quarta-feira (9). Segundo dados on-chain, os hackers roubaram cerca de US$ 42 milhões (R$ 229 milhões) em diversos ativos, incluindo Wrapped Bitcoin (WBTC) e Wrapped Ethereum (WETH).

A corretora aponta que usuários podem mitigar novas perdas através de dois comandos, um que desativa a alavancagem e outros que impõe um limite na cunhagem de GLP, que fornece liquidez a um de seus cofres (vaults).

Como consequência, o token GMX (GMX) opera em queda de 20% nas últimas 24 horas. Tal moeda já apareceu nas carteiras de Arthur Hayes, que fez uma aposta milionária no protocolo.

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Corretora GMX sofre hack milionário

O anúncio do ataque foi feito pela própria GMX em suas redes sociais. Os desenvolvedores apontam que seus contratos inteligentes já passaram por diversas auditorias e, por hora, não sabem qual vulnerabilidade permitiu o roubo.

“A pool de GLP do GMX V1 na Arbitrum sofreu um exploit. Aproximadamente US$ 40 milhões em tokens foram transferidos da pool de GLP para uma carteira desconhecida.”

O texto aponta que a exploração não afeta o ‘GMX V2’, seus mercados ou pools de liquidez, tampouco o próprio token GMX.

Independente disso, a criptomoeda nativa do protocolo opera em forte queda no início desta manhã de quarta-feira. A moeda GMX opera em queda de 20% nas últimas 24 horas.

Outro dado interessante é que o volume de transações sobe 1.589% no mesmo período.

Criptomoeda GMX, ligada à corretora GMX, em forte queda após ataque hacker que resultou na perda de R$ 218 milhões. Fonte: CoinMarketCap.
Criptomoeda GMX, ligada à corretora GMX, em forte queda após ataque hacker que resultou na perda de R$ 218 milhões. Fonte: CoinMarketCap.

Em outro tuíte, os desenvolvedores recomendam desativar a alavancagem e também limitar os valores de cunhagem de GLP para mitigar novas perdas.

O CoinMarketCap lista a GMX entre as 10 maiores corretoras descentralizadas de derivativos, sendo responsável por 1,34% do volume dessa área do mercado.

Criptomoedas roubadas incluem Bitcoin, Ethereum e outras

Dados on-chain da transação em questão apontam que o hacker roubou 9 criptomoedas diferentes nesse ataque de R$ 218 milhões. A lista completa é a seguinte:

  • Frax (FRAX): US$ 10,5 milhões
  • USD Coin (USDC): US$ 9,7 milhões
  • Wrapped Bitcoin (WBTC): US$ 9,6 milhões
  • Wrapped Ethereum (WETH): US$ 8,5 milhões
  • Tether (USDT): 1,3 milhão
  • Dai (DAI): US$ 1,3 milhão
  • Uniswap (UNI): US$ 537 mil
  • Chainlink (LINK): US$ 333 mil
  • Bridged USDC (USDC.e): US$ 187 mil
Transação mostra criptomoedas roubadas da GMX. Fonte: EtherScan.
Transação mostra criptomoedas roubadas da GMX. Fonte: EtherScan.

Conforme essas moedas são stablecoins ou criptomoedas grandes, nenhuma delas foi afetada indiretamente pelo roubo.

Em atualização sobre o caso, os desenvolvedores da GMX explicaram que “a manipulação envolveu o cálculo do preço médio das posições vendidas (short) no V1”, o que explica a vulnerabilidade não ter afetado os contratos do GMX V2.

“A GMX fornecerá uma análise pós-morte detalhada publicamente assim que a investigação do incidente for concluída”, aponta o texto.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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