O mundo das criptomoedas está repleto de fervorosos defensores de suas respectivas moedas, mas recentemente, a rivalidade entre o Bitcoin e outras criptomoedas ficou mais acirrada.
Billy Marcus, que anteriormente trabalhava como engenheiro de software para a IBM e co-fundou a Dogecoin em 2013, trouxe à tona sua preocupação com a abordagem ‘maximalista’ adotada por muitos entusiastas do Bitcoin.
Os chamados “maximalistas” do Bitcoin, ou “maxis”, são pessoas que acreditam veementemente na superioridade do Bitcoin sobre todas as outras criptomoedas.Seu fervor, no entanto, não é sempre bem-recebido pelos defensores de criptomoedas alternativas, as chamadas altcoins.
O criador da Dogecoin reagiu a uma declaração específica de um maximalista do bitcoin que criticava outras criptomoedas, descrevendo seus defensores de uma forma menos lisonjeira.
“Bitcoiners são literalmente os piores em marketing ‘venha se juntar ao nosso grupo claramente doente mental de perdedores inseguros!’” — disse ele.
man bitcoiners are the literal worst at marketing
“come join our clearly mentally ill group of insecure losers!”
— Shibetoshi Nakamoto (@BillyM2k) August 12, 2023
Defensores de shitcoins odeiam bitcoiners
Esta não é a primeira vez que as crenças dos maximalistas causaram agitação. Max Keizer, um famoso entusiasta do Bitcoin, foi além em sua crítica a outras moedas, sugerindo ações regulatórias contra corretoras de criptomoedas e categorizando altcoins como lixos.
Em meio a essa controvérsia, um vídeo postado por Udi Wertheimer no Twitter intensificou ainda mais o debate. No vídeo, Robert Breedlove, outro defensor do Bitcoin, foi entrevistado por Jason Lowery. Contrariando a concepção tradicional do Bitcoin como moeda, Lowery destacou o potencial do Bitcoin como uma ferramenta futurista, aludindo ao seu papel em áreas como segurança cibernética e proteção de dados.
Lowery afirmou que o bitcoin não é uma moeda, ao contrário, ele se referiu a ele como o futuro da guerra, o futuro da segurança e também o futuro das pessoas que pretendem proteger seus dados.
Billy Marcus, em sua resposta, não apenas desafiou a visão estreita dos maximalistas, mas também destacou a necessidade de uma perspectiva mais abrangente no mundo das criptomoedas.
Ele sugere que o ecossistema de criptomoedas deve ser visto como um terreno fértil para inovação, onde diferentes tokens e protocolos têm seu próprio valor e propósito.
🤣🤣🤣
— Shibetoshi Nakamoto (@BillyM2k) August 12, 2023
Dogecoin ganha destaque em episódio de Futurama
O popular programa de animação “Futurama”, conhecido por sua abordagem irreverente e satírica a temas futuristas, incorporou a febre das criptomoedas em sua mais recente temporada na plataforma Hulu.
Em um episódio que aborda a crescente penetração da cultura das criptomoedas no mainstream, a série decidiu levar seus personagens à “Doge City” no episódio “How the West Was 1010001”.
Durante o episódio, a cidade fictícia é revelada como um epicentro de mineração da criptomoeda Dogecoin, ilustrando como a moeda digital, originalmente criada como uma piada, solidificou sua posição no mundo real da economia digital.
Billy Markus falou sobre o episódio, comemorando a aparição de sua moeda no desenho dos mesmos criadores de Os Simpson.
“Uma coisa boba que fiz há 10 anos chegou a um episódio de Futurama”. — disse ele.
Não é a primeira vez que programas de televisão mencionam criptomoedas. Bitcoin e Ethereum, por exemplo, já tiveram seus momentos sob os holofotes em várias produções.
No entanto, a inclusão do Dogecoin em “Futurama” indica um movimento interessante: o de uma criptomoeda que passou de meme a um assunto sério, digno de ser destaque em uma série com uma base de fãs tão vasta.
Enquanto isso, a Dogecoin é a 7ª maior criptomoeda do setor, com um valor de mercado de US$ 11 bilhões. Mas a falta de utilidade inerente do token e a alta inflação continuam sendo um ponto de preocupação para os investidores.