O criador do Ethereum, Vitalik Buterin ganhou 1 milhão de tokens de um hacker que invadiu um endereço ligado a um incidente nos últimos dias. Nos últimos anos, ele havia ganhado vários tokens ERC20 em seus endereços, situação que já foi alvo de polêmicas.
A maior polêmica envolvida na prática de se enviar tokens para Vitalik é que o cofundador da segunda maior rede de criptomoedas não gosta disso. Ele já pediu para que as pessoas não enviem tokens sem seu conhecimento.
Muitos projetos fazem isso para tentar passar a sensação de que Buterin é investidor, sendo que seus endereços são públicos e qualquer pessoa pode lhe enviar tokens.
A maior polêmica com essa prática aconteceu com a Shiba Inu, que os desenvolvedores enviaram milhares de moedas para Vitalik, que vendeu todo o valor e doou para instituições de caridade. Na época, o preço da moeda meme despencou e a comunidade ficou chateada com Buterin pela sua ação.
Criador do Ethereum volta receber tokens, desta vez 1 milhão enviado por hacker
Uma verdadeira trapalhada aconteceu no mercado de criptomoedas nos últimos dias, quando o projeto Optimism Foundation resolveu realizar um airdrop para sua comunidade.
Para realizar a ação, esse projeto contratou para lhe ajudar a empresa Wintermute, empresa global que fornece liquidez para corretoras descentralizadas e centralizadas de vários projetos. Dessa forma, a Wintermute deveria receber 20 milhões de tokens OP, criados pela Optimism para dar acesso a Web3.
Ao buscar enviar os 20 milhões de OP, a fundação fez duas transações de teste para a Wintermute, que confirmou o recebimento dos valores. Como tudo deu certo nos testes, os 20 milhões de tokens foram enviados para o endereço fornecido pela provedora de liquidez.
Contudo, o endereço era em Ethereum na camada principal, e não na rede secundária da Optimism, de forma que a Wintermute não tinha realmente o controle dos fundos enviados. A empresa correu para configurar o endereço, mas antes um hacker viu o pote de ouro e conseguiu acessar ele primeiro.
Essa falta de atenção da Wintermute resultou em um prejuízo de US$ 20 milhões, visto que cada OP custa hoje US$ 0,87 por moeda, com queda de 12% nas últimas 24 horas.
Mas o que ninguém esperava que pudesse acontecer era que o hacker enviasse uma parte da sua nova fortuna para Vitalik Buterin, o criador do Ethereum, que recebeu 1 milhão em tokens OP. Não está claro o que ele fará com o recurso.
“1 milhão de OP transferidos para Vitalik Buterin de exploradores Wintermute / OP.”
#PeckShieldAlert ~1m $OP transfered to @VitalikButerin from Wintermute/OP exploiters https://t.co/U1c2MyeObE pic.twitter.com/wdLOd0XveC
— PeckShieldAlert (@PeckShieldAlert) June 9, 2022
Publicamente, Vitalik não comentou sobre o assunto, apesar de ter sido citado pela empresa PeckShield, que detectou o movimento.
“Podíamos congelar a blockchain se quiséssemos”
Para resolver o problema dos tokens perdidos, a Fundação Optimism chegou a declarar que se quisesse poderia modificar a blockchain e reaver os tokens, que ainda estão na camada da qual controla.
Contudo, ficou definido que a Wintermute irá monitorar o endereço do hacker e comprar todos os tokens que ele colocar a venda no mercado, para evitar um colapso no preço da moeda.
A Optimism é um projeto novo, não tem nem 30 dias, mas já é listada na Binance, Coinbase, Huobi e outras grandes corretoras. Esse projeto tem como intenção criar uma democracia digital que ajuda o coletivo, com foco em causar impactos na sociedade.