Criminosos preferem usar dinheiro em vez de bitcoin e criptomoedas, revela estudo

A CryptoISAC destaca que apenas 0,34% das transações de criptomoedas em 2023 estavam ligadas a alguma atividade ilegal. A porcentagem se manteve quase estática nos últimos seis anos, com um pico de 1,29% em 2019.

Um estudo feito pela CryptoISAC (Crypto Information Sharing and Analysis Center) revela que criminosos preferem usar dinheiro em vez de Bitcoin e criptomoedas em seus negócios ilegais.

Como exemplo, o texto cita um documento de 108 páginas do Departamento do Tesouro dos EUA, onde as autoridades americanas afirmam que “o uso de ativos virtuais para lavagem de dinheiro permanece muito abaixo do uso de moeda fiduciária e métodos mais tradicionais”.

Dado isso, as informações calam as críticas de quem acredita que as criptomoedas são uma ferramenta para criminosos.

Silk Road já foi responsável por 20% das transações de Bitcoin

Embora hoje o Bitcoin esteja associado à Wall Street devido aos ETFs, ou então ao ouro devido a sua escassez, a história nem sempre foi essa. Como exemplo, a CryptoISAC revela que grande parte das transações de BTC estavam ligadas à Silk Road, um mercado ilegal gigante em seu tempo.

“Os primeiros casos de uso destacaram o lado sombrio das criptomoedas, onde o Bitcoin se tornou sinônimo de transações ilícitas, desde o tráfico de drogas até a lavagem de dinheiro.”

“Em seu auge, a Silk Road representou quase 20% da atividade econômica diária do Bitcoin, com suas transações alcançando quase US$ 435 milhões em valor total com base no preço do Bitcoin na época”, escreveu a CryptoISAC.

“Essas estatísticas ressaltam o papel substancial que a Silk Road desempenhou na economia inicial do Bitcoin, que também ligou a criptomoeda à noção de um instrumento financeiro irrastreável para o comércio ilícito.”

Silk Road chegou a representar 20% da atividade econômica do Bitcoin em seu auge. Fonte: CryptoISAC/Reprodução.
Silk Road chegou a representar 20% da atividade econômica do Bitcoin em seu auge. Fonte: CryptoISAC/Reprodução.

No entanto, o fundador da Silk Road foi preso e desde então está cumprindo prisão perpétua. Boa parte dos bitcoins do governo americano está ligado a essa apreensão.

Devido a isso, com criminosos percebendo que as criptomoedas não são boas para seus negócios, principalmente por conta da transparência das transações, esse uso foi perdendo espaço.

Criminosos preferem usar dinheiro em vez de criptomoedas

Seguindo o texto, a CryptoISAC destaca que apenas 0,34% das transações de criptomoedas em 2023 estavam ligadas a alguma atividade ilegal. A porcentagem se manteve quase estática nos últimos seis anos, com um pico de 1,29% em 2019.

Volume de transações de criptomoedas ligado a fins ilegais. Fonte: CryptoISAC/Reprodução.
Volume de transações de criptomoedas ligado a fins ilegais. Fonte: CryptoISAC/Reprodução.

“O dinheiro oferece anonimato e flexibilidade para atores mal-intencionados, permitindo que eles movimentem fundos sem deixar um rastro digital que possa ser facilmente rastreado pelas autoridades”, destaca o estudo.

“As finanças tradicionais e veículos não rastreáveis, como o dinheiro, continuam sendo o método preferido para movimentar fundos entre terroristas.”

Outro relatório mencionado é da DEA, agência anti-drogas dos EUA, também apontando que “o dinheiro continua sendo o método mais amplamente utilizado para transações no comércio de drogas”.

Por fim, mesmo que o Bitcoin um dia tenha sido amplamente usado pela Silk Road, também vale notar que esse mercado representava apenas uma pequena parcela dos crimes no mundo. Portanto, é uma crítica sem muito sentido, principalmente nos dias atuais.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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