Uma pesquisa feita no Brasil informa que as criptomoedas estão nos planos dos brasileiros na hora de votar, o que indica que os eleitores do país buscam conhecer as propostas dos candidatos para essas tecnologias.
Segundo levantamento recente feito pelo Livecoins, os candidatos a presidência do Brasil não apoiavam o Bitcoin, apesar de demonstrarem apoio à tecnologia blockchain.
Mas entre políticos do legislativo, a figura muda um pouco, sendo que vários deputados eleitos são favoráveis ao bitcoin e outras criptomoedas.
Pesquisa aponta que criptomoedas são consideradas na hora de votar
No marco do processo eleitoral, a Bitso, plataforma de criptomoedas líder da América Latina, encomendou uma pesquisa realizada pelo Instituto FSB Pesquisa com mais de 2 mil pessoas em todo o país, para obter a percepção dos eleitores em relação ao nível de conhecimento, confiança e relevância da criptoeconomia.
Nos resultados, chama atenção para o fato de que três em cada quatro pessoas já ouviram falar sobre criptomoedas e 44% já têm ou planejam ter alguma moeda.
Contudo, a confiança aparece como uma das principais barreiras para a maior penetração de criptomoedas no mercado nacional. Um terço dos entrevistados indicou que ainda não tem uma relação de confiança com estes novos recursos financeiros.
No entanto, os dados mostraram que existe uma correlação direta entre confiança e adoção de moedas digitais: quanto mais as pessoas confiam, mais querem adquirir criptomoedas.
O estudo indicou que os eleitores se importam com a criptoeconomia como proposta de campanha, sinalizando que o tema é relevante quando planejam seu futuro. A maioria das pessoas (60%) considera importante o fato do tópico ‘criptomoedas’ estar entre as propostas de um candidato.
Para Karen Duque, Head de Políticas Públicas da Bitso no Brasil, as eleições são um dos momentos críticos e as criptomoedas já são consideradas no processo.
“As eleições são um dos momentos mais críticos de qualquer processo democrático no qual os anseios e expectativas sociais estão latentes. Percebemos uma mudança no perfil dos investimentos dos brasileiros e fizemos esse levantamento com o objetivo de analisar a influência do cenário atual sob o comportamento e a expectativa das pessoas.”
Mais de 2 mil pessoas participaram da pesquisa
Para a realização e conclusão da pesquisa encomendada pela Bitso, foram entrevistados por telefone 2.023 pessoas no Brasil com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs), entre os dias 26 e 27 de setembro, às vésperas do 1.º turno eleitoral realizado dia 2 de outubro.
Segundo o Instituto FSB Pesquisa, que realizou a pesquisa, a margem de erro no total da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%, controlada a partir de quotas de: (a) sexo, (b) idade, (c) região, (d) escolaridade.
Para a chefe de políticas públicas da corretora, é importante investir em educação sobre o tema, assim como promover a regulamentação que pode melhorar a proteção dos investidores.
“Hoje estamos vendo um público cada vez mais diverso que recorre às criptomoedas para atender a diferentes necessidades: desde fazer compras ou pagar impostos com cripto, até manter os ativos como forma de diversificar os investimentos e se resguardar contra a desvalorização da moeda fiduciária. Entendendo o potencial de crescimento desse segmento, torna-se urgente investir em educação e promover a regulamentação do mercado para aumentar a proteção aos consumidores.”