Crypto.com divulga prova de reservas, mas mídia foca nos fracassos de seu fundador

Em sua defesa, o CEO da corretora afirmou que não tem nada a esconder e que possui “orgulho de suas cicatrizes de batalha”.

Seguindo a tendência da indústria, a Crypto.com também revelou sua prova de reservas na última sexta-feira (9). Auditado pela Mazars, mesma empresa que trabalhou com a Binance, o relatório aponta que a corretora possui um saldo positivo em relação aos depósitos de seus clientes.

No entanto, a auditoria não animou a todos. Um longo artigo da CNBC aponta para as falhas de Kris Marszalek, fundador e CEO da Crypto.com, em seus projetos passados.

Como destaque, o jornal expõe que o Marszalek e um antigo parceiro de negócios receberam milhões de dólares de sua própria empresa, a Starline, poucos meses antes da mesma declarar falência.

Em sua defesa, o executivo afirmou que não tem nada a esconder e que possui “orgulho de suas cicatrizes de batalha”. Usando suas redes sociais, Marszalek contou a história acima sobre seu próprio ponto de vista.

A história da Starline, empresa falida de Kris Marszalek

O ano era 2004, conta o CEO da Crypto.com sobre a fundação de sua antiga empresa. Focada no setor de eletrônicos, a Starline chegou a ter quase 400 funcionários em 2007, com uma renda anual de 81 milhões de dólares.

Entretanto, Marszalek lembra que a crise de 2008 chegou e vários de seus clientes começaram a dar calotes. Sendo assim, a empresa faliu no ano seguinte, em 2009.

“Minha empresa passou por uma liquidação forçada em 2009, devendo US$ 2,5 milhões ao banco”, conta Kris Marszalek, CEO da Crypto.com “Sendo um dos cofundadores, eu estava pessoalmente garantindo a dívida, então eles foram atrás de mim.”

Lição aprendida, o executivo partiu para outro negócio, focado no comércio eletrônico. Marszalek conta que teve sucesso, pagando sua dúvida ao banco nos anos seguintes. “Legalmente, restaurou o status quo e limpou meu nome”, conclui.

No ano seguinte, em 2013, acabou vendendo essa sua empresa. Entretanto, além de considerar uma “saída rápida”, a CNBC nota que Marszalek continuou envolvido no negócio, assumindo o cargo de CEO da iBuy, empresa que comprou a BeeCrazy.

Posteriormente nomeada para Ensogo, a mesma acabou com uma dívida de US$ 50 milhões em 2015, encerrando suas operações em 2016. Marszalek abandonou seu cargo de imediato.

A entrada no mundo das criptomoedas

Tentando empreender mais uma vez, Kris Marszalek jogou-se no mundo das criptomoedas em 2016. Através de uma oferta inicial de moedas, arrecadou cerca de US$ 27 milhões para criar a Monaco, uma empresa focada em cartões de crédito com criptomoedas.

Em 2018 comprou o domínio Crypto.com por US$ 12 milhões, renomeando o projeto e criando outro token, o Cronos (CRO). Expandindo seus negócios, também passou a atuar como uma corretora de criptomoedas.

Nos anos seguintes, o marketing da empresa chamou atenção de todos. A Crypto.com investiu US$ 495 milhões na UEFA Chanpions League, US$ 150 milhões na Fórmula 1, US$ 175 milhões no UFC. Seguindo, comprou os direitos de nome do Staples Center por US$ 700 milhões e torrou outros US$ 100 milhões na famosa propaganda com Matt Damon.

A lista parece não acabar. Mais recentemente, também patrocinou a Copa do Mundo de Futebol, mas desta vez o montante envolvido não foi revelado.

Por fim, muitos questionam como tal corretora possui tanto dinheiro. Afinal, a Crypto.com aparece apenas como a 17ª maior corretora por volume, bem longe das maiores do mercado. Quanto a sua prova de reservas, a corretora chegou a ser acusada de manipulação após uma movimentação suspeita de US$ 2 bilhões em criptomoedas.

Já Kris Marszalek se considera realizado, independente de todos os rumores envolvendo seu negócio.

“Pode demorar um pouco e algumas tentativas. Levei 20 anos. Não desista”, comentou o executivo em suas redes sociais. “No final, quando você olhar para trás em sua jornada, saberá que tudo valeu a pena.”

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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