Fechando o mês de novembro com um valor de 58.000 dólares por unidade, o Bitcoin está no terceiro pico de alta de sua história. Os outros dois foram marcados pelo preço de 1.000 dólares em 2013 e pelos quase R$20.000 em 2017.
Graças ao Bitcoin, várias altcoins aproveitaram a oportunidade e também tiveram grandes valorizações nestes períodos. Apesar disso, poucas continuaram no top10 em dois destes três ciclos.
Nem sempre apostar em quem está ganhando parece ser uma boa opção, a não ser que você esteja apostando no Bitcoin, afinal ele está soberano no top 1 desde a sua criação.
A alta de 2013
Segundo dados históricos do dia 1º de dezembro de 2013, as dez maiores criptomoedas por valor de mercado eram Bitcoin (BTC), Litecoin (LTC), Ripple (XRP), Peercoin (PPC), Namecoin (NMC), Quark (QRK), Megacoin (MEC), BitShares (PTS), Feathercoin (FTC) e Primecoin (XPM).
Suas narrativas eram as mais variadas, o Litecoin (LTC) era chamado de prata das criptomoedas. E enquanto a Ripple (XRP) era a moeda dos bancos, a BitShares (PTS) tentava solucionar problemas de escalabilidade. Já a Namecoin (NMC), trabalharia como DNS de forma descentralizada, assim como a Ethereum Name Service (ENS) nos dias de hoje.
Apesar de algumas delas terem valorizado, em relação ao dólar, de 2013 para 2021, a única que ainda está no top 10 é a Ripple (XRP), mesmo assim ela caiu da terceira para a sétima posição.
A alta de 2017
Por motivos de conveniência, também pegamos os dados do início de dezembro para falar sobre 2017. Nesta data o Bitcoin ainda estava em 11.300 dólares, e viria a subir até os 20.000 mais tarde.
Há quatro anos, o Bitcoin novamente dominava o mercado, desta vez seguido pelo Ethereum (ETH), Bitcoin Cash (BCH), Ripple (XRP), Dash (DASH), Litecoin (LTC), Bitcoin Gold (BTG), IOTA (MIOTA), Cardano (ADA) e Monero (XMR).
Novamente, embora algumas tenham ganho valor por conta da recente alta do Bitcoin, muitas delas desapareceram do top 10. Suas narrativas, assim como em 2013, eram das mais variadas.
Dash e Monero tinham um foco maior privacidade, já a IOTA prometia micro-transações para a Internet das Coisas (IoT). Na lista também estão dois clones do Bitcoin que tentaram aproveitar-se de seu nome.
As que permanecem entre as 10 maiores são apenas o Ethereum (ETH), que apesar de seus atuais problemas de escalabilidade provou ser útil, novamente a Ripple (XRP) porém cada vez mais abaixo, e a Cardano (ADA) que subiu duas posições.
A alta de 2021
Já a atual alta do Bitcoin, ainda próximo ao seu preço histórico de 69 mil dólares, continuou ajudando o setor das criptomoedas a crescer, fazendo com que muitas moedas também quebrassem suas máximas históricas.
No atual top 10 o Bitcoin ainda segue como lider, ainda seguido pelo Ethereum (ETH) e com várias outras moedas novas na lista, como Binance (BNB), Tether (USDT), Solana (SOL), USD Coin (USDC), Polkadot (DOT) e Dogecoin. Além da Cardano (ADA) e Ripple (XRP) que já estavam ali desde 2017.
No topo atual estão duas stablecoins centralizadas, uma memecoin, quatro moedas focadas em contratos inteligentes e uma que busca interoperabilidade entre blockchains.
Visto que a rotação desse top 10 durante estes ciclos de 4 anos é extremamente alta, é muito provável que em 2025 a grande maioria delas desapareça.
A forte competição entre ETH, BNB, SOL e ADA pode indicar que três delas serão as próximas a sumirem da lista, assim como a Dogecoin, quando a febre dos memes passar. O recente foco regulatório sobre stablecoins também pode diminuir o poder destas.
À quem quiser investir, as melhores opções parecem ser o próprio Bitcoin, que guia toda manada, ou outra criptomoeda que aproveitará o próximo hype. Todavia isso parece um tiro no escuro, visto que existem mais de 10.000 criptomoedas. E além dos diversos setores atuais, como DeFi e Metaverso, outros poderão surgir entre os próximos 4 anos.