O diretor da Faculdade de Ciências Empresariais da UAP – Universidade Autônoma do Paraguai, Marco Méndez, está sendo acusado de estar promovendo um esquema de pirâmide com criptomoedas dentro da instituição educacional.
A organização é liderada pelos irmãos Monir Islam, Moyn Islam e Ehsaan B, antes ligados a um dos maiores esquemas Ponzi do mercado de criptomoedas, a One Coin.
Segundo denúncias, o diretor Marco Méndez promove seminários pelas redes sociais da própria universidade e instiga os alunos da instituição a fazerem investimentos na empresa.
Segundo um aluno da instituição, o diretor Méndez usa a universidade como veículo de publicidade para oferecer oportunidades de “gerar renda na Internet”. A informação foi do educador e redator do Hora Cripto, Nelson Cardozo, que recebeu a denúncia do universitário por meio de um grupo de criptomoedas.
O paraguaio Josué Ortiz também é um dos responsáveis pela promoção da empresa Be, que oferece produtos para estudantes de US$ 900 a US$ 2.000 que inclui cursos e plataformas que prometem lucros exponenciais nos mercados tradicional e cripto.
No seminário ministrado por Ortiz, ele tenta convencer os alunos sobre a seriedade da empresa, mostrando matérias publicadas em importantes sites de notícias. No entanto, essas notas são classificadas como publicidade, o que é omitido de sua apresentação.
Segundo Ortiz, as plataformas oferecidas pela empresa Be prometem gerar lucros acima do mercado. Existem quatro plataformas diferentes: SHIFT, NFX, TITAN e RELIC que permitem negociar com opções binárias e criptomoedas.
Esquemas de pirâmide
Um dos maiores esquemas de pirâmide, One Coin era uma empresa internacional liderada pela búlgara Ruja Ignatova, que fraudou milhões de clientes vendendo cursos de “alto nível” e tokens falsos.
Os irmãos Islam que fugiram para Dubai após a falência da empresa estiveram envolvidos na organização da One Coin. Estes são os mesmos que estão atualmente por trás da empresa Be, conhecidos como os irmãos que “revolucionaram” o mercado digital.
Outra das acusações envolvendo empresários é o vínculo com a empresa Melius, vista como uma empresa do sistema Ponzi que faliu em 2019.