Um diretor de uma empresa de Caldas Novas, destino turístico no interior de Goiás, é o principal suspeito de roubar R$ 500 mil em criptomoedas de uma empresa e depois fugir do Brasil em um voo internacional.
O caso segue sob apuração da Polícia Civil de Goiás, que acredita ter elucidado a situação e rastreia endereços ligados ao suspeito, inclusive de criptomoedas. As informações atualizadas foram publicadas na última segunda-feira (8).
Tudo começou em 10 de fevereiro de 2023, quando 105 mil dólares em criptomoedas saíram dos cofres da empresa. De acordo com informações, o suspeito era o diretor-financeiro, e obteve o acesso à chave privada das criptomoedas.
Com o acesso, ele então procedeu ao roubo das moedas digitais e depois fugiu do país o mais rápido possível.
Polícia Civil rastreia criptomoedas roubadas em Caldas Novas
A Polícia Civil de Goiás divulgou a finalização de um inquérito policial envolvendo o roubo de criptomoedas em Caldas Novas. O furto de mais de meio milhão de reais passou por investigações por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic).
Um diretor da empresa vítima foi apontado no inquérito como autor do furto mediante fraude com emprego de dispositivo eletrônico. Com o crime, a pena pode chegar a 8 anos de prisão para o suspeito.
As informações apontam que os R$ 500 mil pertenciam a uma empresa de criptomoedas.
Assim, o diretor financeiro da empresa, de 26 anos, que trabalhava em home office em outra cidade, obteve indevidamente chaves de acesso da empresa e de seu sócio-proprietário.
De posse das senhas e chaves privadas, que permitiam transações além de seu nível de acesso, o diretor desviou da empresa para sua carteira de ativos mais de meio milhão de reais em moedas virtuais.
Um dia após roubo, diretor saiu do país
A investigação apurou que o investigado embarcou num voo internacional, deixando o país logo no dia seguinte ao crime (11/2).
Já no exterior, o ex-diretor da empresa lesada transferiu os valores desviados para outras contas de sua titularidade e realizou saques. A investigação teve apoio do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LABLD) da PCGO.
O caso mostra a importância de se manter a custódia de criptomoedas em locais seguros, tanto por pessoas físicas, quanto jurídicas. Dados da Receita Federal do Brasil, apurados pelo Livecoins até março de 2023, indicam um grande crescimento de compras de criptomoedas por CNPJs no Brasil.
Por fim, no curso das investigações, a polícia civil de Caldas Novas não divulgou o nome da empresa roubada nem do suspeito. Não está claro também para qual país ele fugiu.