Donald Trump perdoará o fundador da Wikileaks, diz fonte

O Wikileaks desempenhou um papel importante nos primeiros anos do Bitcoin

O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perdoará o fundador da Wikileaks, Julian Assange, de acordo com um dos primeiros e mais famosos apoiadores de Trump, o pastor Mark Burns.

“URGENTE: Presidente Trump perdoará Julian Assange”

Atualizado:

Após repercussão mundial do tuite o pastor voltou atrás e disse que o suposto perdão pode ser desconsiderado.

Sobre #JulianAssange, tweet inadvertido, fonte ruim, desconsidere!”

Burns é ministro evangélico, candidato político e cofundador da NOW Television Network. Ele não deu mais detalhes para esta revelação, mas uma campanha para perdoar Julian Assange está esquentando.

O legislador democrata Tulsi Gabbard, Pamela Anderson, o parlamentar australiano George Christensen e muitos outros pressionaram o presidente pelo perdão de Assange.

“Por favor, considere perdoar aqueles que, com grande sacrifício pessoal, expuseram o engano e a criminalidade daqueles no estado profundo”, disse Gabbard recentemente referindo-se a Assange.

Julian Assange foi acusado de 17 violações da Lei de Espionagem, que pode levar a 175 anos de prisão.

O Wikileaks desempenhou um papel importante nos primeiros anos do Bitcoin, pois após um bloqueio por serviços financeiros, incluindo Visa e MasterCard, o Wikileaks passou a aceitá-lo para pagamentos em 2010.

Satoshi Nakamoto foi critíco a isso, mas um artigo na PC World especulou que o Wikileaks ajudou o Bitcoin, sendo essa a primeira menção relativamente popular à criptomoeda.

O Wikileaks acabou aceitando Bitcoin para doações, embolsando uma pequena fortuna de cerca de US $ 26 milhões na moeda digital.

Além disso, Assange é um apoiador do Bitcoin, foi ele quem apresentou a moeda digital para Eric Schmidt, o então CEO do Google.

Ele também chamou o Bitcoin de “Occupy Wall street” em 2017, enquanto estava na embaixada em Londres, onde foi preso no ano passado e agora deve ser perdoado, de acordo com o pastor.

Assange está detido na prisão de Belmarsh desde setembro de 2019, ele foi indiciado por 17 acusações de espionagem e uma por uso indevido de computador devido à publicação de documentos secretos de militares americanos há uma década.

A a defesa de Assange argumenta que ele é jornalista e tem direito à proteção da Primeira Emenda por publicar documentos que vazaram e expuseram irregularidades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

No início do ano o presidente Trump ofereceu ao fundador da Wikileaks um perdão se ele dissesse que a Rússia não estava envolvida no vazamento de e-mails do partido democrata.

A oferta, segundo os advogados, foi feita por meio de Dana Rohrabacher, agora ex-deputado republicano.

“Rohrabacher foi ver Assange e, seguindo as instruções do presidente, ofereceria perdão ou alguma outra saída se Assange dissesse que os russos não tinham nada a ver com os vazamentos, disse Edward Fitzgerald, advogado da Julian Assange.

Provavelmente o acordo foi feito e poderemos ver Assange em liberdade em alguns dias.

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