Drex poderá ter cobranças de transações, confirma Banco Central

"Eventual custo associado ao Drex estará relacionado ao serviço financeiro que for prestado pela instituição ofertante", disse autarquia. Veja abaixo as novidades do "novo Real".

Enquanto parte dos brasileiros especula se a chegada da Drex marca o fim do Real brasileiro, outros estão mais preocupados com as cobranças que o ambiente apresentará para a população.

Moeda digital em formato CBDC, antes chamada de Real digital, a Drex deverá chegar até o final de 2024. Os planos do Banco Central do Brasil envolvem a utilização de um DLT, sistema centralizado de dados distribuídos, que simula uma blockchain, mas em ambiente altamente controlado.

Em reuniões públicas de apresentação da Drex, o Bacen já deixou claro que o acesso ao ambiente estará sob a responsabilidade de bancos e outras instituições reguladas. Ou seja, caso estas empresas resolvam cobrar os usuários pelos serviços ofertados, o banco central não fará interferências.

“Eventuais custos de acesso ao Drex estará relacionado a serviços prestados”, diz Banco Central do Brasil

Após o sucesso da implementação do Pix pelo Banco Central do Brasil, o Drex surge como a resposta final do regulador ao crescimento do Bitcoin no país, moeda digital descentralizada que caiu no gosto da população.

Assim, o Drex traz implementações de contratos inteligentes e outras tecnologias Web3 mais, tentando simular as características das criptomoedas, principalmente do Ethereum, da qual sua tecnologia indiretamente estará presente na moeda nacional brasileira, que tem suporte a aplicações Ethereum Virtual Machine (EVM).

Mas no dia 11 de agosto de 2023, o Banco Central do Brasil esclareceu uma dúvida pertinente dos brasileiros, que envolve os custos do Drex para o usuário final. Em resposta, a autarquia declara que instituições financeiras definirão os custos do novo ambiente, que poderá ser gratuito ou não.

“Eventual custo associado ao Drex estará relacionado ao serviço financeiro que for prestado pela instituição ofertante. Caberá à instituição definir o custo para o serviço ofertado, seguindo a regulação e considerando o ambiente competitivo, podendo mesmo ser gratuito ou significativamente inferior ao custo de serviço similar anterior à adoção do Drex.”

Vale lembrar que não há ainda uma tabela de custos de operações, por exemplo, visto que o ambiente está em sua versão de testes piloto.

O Drex vai trazer mais rapidez, praticidade e menor custo para várias transações contratuais e financeiras que fazemos hoje“, explicou Maurício Moura, diretor de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do Banco Central.

Drex pretende facilitar compra e venda de imóveis e veículos no Brasil

Citando a compra e venda de um carro, por exemplo, muitas vezes há um receio do vendedor de passar a propriedade do veículo sem receber o dinheiro antes e de o comprador pagar antes de ter a propriedade. De acordo com o diretor Maurício, os contratos inteligentes do Drex facilitarão negociações.

“Com a função de programabilidade do Drex não importa quem vai fazer o primeiro movimento, pois o contrato só será concluído quando as duas coisas acontecerem. Assim, dinheiro e a propriedade serão transferidos de forma simultânea. Se uma das partes falhar, o montante pago e o carro voltam para seus respectivos donos.”

O Drex também poderá ser usado na compra de imóveis. Além disso, no futuro, poderão ser pagos benefícios sociais com a moeda digital, como Bolsa Família, por exemplo.

Assim como o Real brasileiro é uma moeda de curso legal, e o Pix é um sistema que obrigatoriamente deve ser implementado por bancos, é esperado que com a chegada do Drex, instituições comecem imediatamente a utilizar o ambiente centralizado.

Transações suspeitas de lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo, entre outras, deverão ter sua marcação para investigação no novo sistema financeiro brasileiro. Com o tempo, o dinheiro em espécie deve ser eliminado no Brasil.

Real brasileiro pode acabar com a chegada do Drex?

Não está claro se o nome Real brasileiro está próximo de seu fim com a chegada do Drex. Em comunicações oficiais, o Banco Central do Brasil não comentou sobre o cenário de “fim do Real” e nem deu nenhuma menção que indique isso.

Na história brasileira desde a década de 1980, o Real é a moeda que mais tempo durou, criada em 01/07/1994 e prestes a completar 30 anos em 2024. Coincidentemente, é o ano em que o Drex chega.

Antes do Real, o Cruzeiro Real (CR$) (de 1/8/1993 a 30/6/1994), Cruzeiro (Cr$) (de 16/3/1990 a 31/7/1993), Cruzado Novo (NCz$) vigente de 16/1/1989 a 15/3/1990, Cruzado (Cz$) vigente de 28/2/1986 a 15/1/1989, Cruzeiro (Cr$) vigente de 15/5/1970 a 27/2/1986 foram as moedas brasileiras.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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