Os esquemas de opções binárias são bem comuns no mercado financeiro brasileiro, no entanto, não é só por aqui que esses golpes são endêmicos. Eles também acontecem muitos nos EUA, onde os órgãos reguladores também precisam fiscalizar a atividade suspeita.
Como exemplo disso, a CFTC aplicou uma multa milionária em dois executivos acusados de participar de esquemas de pirâmide.
De acordo com um documento da Commodity and Futures Exchange Commission (CFTC), Tal Valariola e Itay Barak, da Digital Platinum Limite (DPL) foram ultados em US$ 15 milhões por terem auxiliado uma empresa chamada All In Publishing (AIP) a criar e promover diferentes esquemas de investimento falsos e com propaganda enganosa.
Segundo o órgão regulador, os golpes que milionárias aconteceram entre outubro de 2013 e agosto de 2018 e envolviam promessas de investimento no setor de opções binária.
As promessas apuradas pela CFTC são as clássicas, com promessas de lucros grandiosos em pouco tempo e sem se preocupar com as movimentações do mercado.
A velha tática de oferecer algo que parece bom demais para ser verdade, para atrair aqueles que não em entendem o suficiente do mercado financeiro.
Uma das promessas incluía o acesso a sistemas de opções binárias automáticas. Os clientes abriam uma conta com uma corretora recomendada pelo golpe e o “sistema ultra revolucionário” fazia operações de opção binária automaticamente, sempre retornando muito dinheiro.
Se esse esquema lhe parece familiar é porque ainda existem muitos do tipo sendo oferecidos até mesmo no Brasil. O Bitcoin Revolution é um desses exemplos, que usa táticas sem escrúpulos para tentar roubar dinheiro de investidores desavisados.
E-mails falsos e promessas com Bitcoin e Ethereum
Um dos envolvidos em todo o esquema, Daniel Fingerhut, da AIP, foi ouvido pela CFTC e admitiu ter criado uma série de histórias de sucesso falsa de supostos clientes dos esquemas criados.
Os e-mails eram sempre a mesma ladainha, com histórias de como pessoas, sem sair de casa e sem nenhum conhecimento, estavam ganhando US$ 20 mil dólares por mês no mercado de criptomoedas.
Vídeos também foram produzidos com o mesmo teor. Os golpes aplicados pela CPL e AIP chegaram na casa das dezenas de milhões em todo o território dos EUA.
Supostamente o Bitcoin e o Ethereum eram utilizados para as negociações de opções binárias e arbitragem para gerar o lucro para os clientes. No entanto, é bem provável que o dinheiro investido não tenha sido usado para comprar criptomoedas, apenas para sustentar a pirâmide financeira.