EMBRAPII investe em blockchain de dados médicos no Brasil

Organização social é financiada por quatro ministérios do Governo Federal do Brasil.

A EMBRAPII (Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) investiu nos últimos dias em uma blockchain de dados médicos produzida no Brasil, que levou dois anos para ser construída.

Em novembro de 2021, a EMBRAPII e o BNDES fecharam uma parceria para destinar até R$ 170 milhões para investimentos em tecnologia, inclusive em blockchain. A tecnologia blockchain já é reconhecida como um protocolo de confiança pelo país.

Isso mostra que, indiretamente, o Governo Federal do Brasil segue investindo em soluções com a tecnologia base das criptomoedas, buscando inovar e melhorar o acesso a ferramentas digitais que desburocratizam a vida dos brasileiros.

A EMBRAPII é uma Organização Social com Contrato de Gestão com os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Educação (MEC), Economia (ME) e Saúde (MS). Ao todo, mais de 1.700 projetos foram apoiados, com mais de 2,4 bilhões de reais em investimentos feitos pela associação.

EMBRAPII investe em blockchain de dados médicos no Brasil

A EMBRAPII divulgou que investiu na startup paulista wconnect, que elaborou o projeto “SIMPLES RECEITA”, em parceria com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações).

Essa solução funciona como uma carteira digital, que pode guardar informações como prescrições de medicamentos, vacinas e histórico médico do paciente. Este último terá o controle do acesso às informações disponibilizadas.

A aposta dessa criação é que a blockchain dará segurança e confiabilidade na prescrição digital, ao criar registros imutáveis, consistentes e imunes a ataques hackers.

Para Maurício Conti, fundador da wconnect, o conceito de sua criação é o de open health, ou saúde aberta, criando uma rede com pacientes, médicos, farmácias e todo o ecossistema de saúde.

“A adesão à solução passa por um processo de identificação e autenticação simples e bastante seguro. A rede blockchain já foi criada e utilizada por um grupo de médicos e pacientes que participaram de um teste-piloto na Faculdade São Leopoldo Mandic, no primeiro semestre deste ano.”

Essa solução blockchain para saúde participou de um concurso concorrendo inicialmente com 3.300 projetos, que tiveram 32 propostas escolhidas, mas a wconnect saiu como vencedora.

Blockchain surgiu em meio à pandemia como proposta de auxiliar a telemedicina

Nos últimos dois anos, um período em que o mundo passou pela pandemia da COVID-19, várias inovações foram vistas pelo mundo.

Assim, a blockchain de dados médicos surgiu para ajudar o Brasil a aprimorar o setor de telemedicina, que passou por grandes avanços, mas que ainda sofre com a falta de soluções padronizadas e confiáveis.

Assim, Maurício Conti disse que criar sua solução blockchain em parceria com a EMBRAPII e CPQD foi muito importante, principalmente pelo apoio nas pesquisas para viabilizar a ferramenta médica. Ele afirma que essa pode ser uma ferramenta única no mundo hoje.

“Foi muito importante, por auxiliar no financiamento do projeto e, também, na qualificação e homologação do nosso parceiro, CPQD, sem dúvida o maior centro de pesquisas em blockchain do hemisfério sul. Se considerarmos o uso de Certificado Digital junto com blockchain, a solução criada para o SIMPLES RECEITA é única no mundo.”

A previsão é que o wconnect chegue ao mercado em breve, em versões gratuitas e pagas, para farmácias, pacientes e médicos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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