Empresa vai guardar criptomoedas confiscadas pela polícia

Apesar da facilidade de custodiar as moedas em carteiras, polícia do Reino Unido prefere contar com ajuda de empresa especializada.

As criptomoedas são moedas digitais que são guardadas em carteiras próprias. No Reino Unido, a polícia preferiu contar com a ajuda de uma empresa, que vai guardar as criptomoedas confiscadas em operações.

No mundo todo, as operações policiais que ocorrem contra vários crimes já buscam dispositivos ligados ao mercado de criptomoedas.

No Brasil, por exemplo, a Polícia Federal liberou aos seus agentes um manual para identificar esses materiais. Alvos em operação de busca e apreensão, estão as paper wallets, hardware wallets, seeds de carteiras, entre outros mais.

Quando a polícia apreende esses materiais, contudo, a custódia passa a ser da autoridade policia. Ou seja, há uma responsabilidade em manter salvo a carteira, que normalmente é vendida pelo estado em leilões.

Nos Estados Unidos, um dos casos que mais chamaram atenção foi da apreensão de Bitcoin do antigo mercado da deep web, Silk Road. As moedas apreendidas ficaram custodiadas pelo estado, contudo, agentes da própria polícia tentaram vender algumas moedas.

Esses policiais corruptos dos Estados Unidos foram presos e julgados após a “própria blockchain” entregar seus crimes. Ao que parece, o Reino Unido não quer correr o risco de ter um caso semelhante.

Empresa especializada vai guardar criptomoedas apreendidas pela polícia em operações

As apreensões de criptomoedas pela polícia do Reino Unido cresceram nos últimos anos. Com a primeira apreensão registrada em 2018, o país anunciou que mais criptomoedas foram capturadas ao longo dos anos.

Como os valores são altos, a custódia dessas criptomoedas passou a ser um assunto sério na polícia.

Desde 2019 então, uma licitação foi aberta para captar uma empresa especializada em custódia de criptomoedas. A Nomura, apoiada pela empresa Komainu, foi a vencedora do processo e é a responsável hoje por custodiar as moedas digitais no país.

A empresa deve assegurar que as criptomoedas estão a salvo enquanto investigações acontecem. Além disso, após decisões judiciais, caso fique determinado que as criptomoedas são associadas aos crimes, a empresa deve manter a segurança dos ativos.

Autoridades da polícia acreditam que ter uma empresa especialista lidando com o assunto é melhor, visto a alta soma capturada. No Reino Unido, cabe o destaque, os agentes policiais passaram por várias capacitações de crimes cibernéticos nos últimos anos.

De acordo com o The Block, uma vaga de emprego aberta pela National Crime Agency (NCA) recentemente solicitava uma pessoa para o cargo de investigador Financeiro. Dentre as competências necessárias, era fundamental comprovar experiência em investigação de crimes cibernéticos e criptomoedas.

No Brasil, crimes com criptomoedas também têm sido desvendados, custódia fica com a justiça

No Brasil, várias operações policiais foram deflagradas nos últimos anos, algumas associadas a crimes com criptomoedas. Um dos casos de maior proporção foi da investigação contra a Indeal.

Os valores da empresa em Bitcoin foram encontrados nos Estados Unidos, no final de 2020, estavam depositados na corretora Poloniex e foram apreendidos pelo FBI em uma cooperação internacional.

Ao chegar no Brasil, a custódia dessas moedas provavelmente ficarão com o Tribunal de Justiça que solicitou a apreensão. Ou seja, diferente do Reino Unido, as autoridades brasileiras ainda não contam com apoio de uma empresa específica para custodiar as moedas.

Grandes empresas como a Prosegur, referência em custódia de dinheiro, já lançaram soluções para custódia de criptomoedas. Dessa forma, o mundo tende a ver cada vez mais empresas especializadas em custodiar criptomoedas surgirem.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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