As empresas do Brasil seguem comprando criptomoedas e Bitcoin, de acordo com dados da Receita Federal do Brasil (RFB), publicados nesta sexta-feira (2) de dezembro.
O que mais chama atenção é que a quantidade de declarações enviadas para a receita é uma das maiores dos últimos anos.
Em outubro de 2022, por exemplo, o Livecoins revelou que o recorde de empresas comprando bitcoin havia sido em agosto deste ano. Contudo, não demorou nem dois meses para que a barreira fosse quebrada.
Empresas do Brasil seguem comprando bitcoin e criptomoedas em nível recorde, revela Receita Federal
A Receita Federal do Brasil divulgou os dados de declarações únicos de CNPJs de outubro de 2022, revelando que há um novo recorde no mercado.
Isso porque, com 41.817 empresas declarando a compra de bitcoin e criptomoedas, os dados mostram que as compras seguem firmes no Brasil. O valor é o maior desde 2019, quando a Receita começou a recolher informações de investidores.
No entanto, os dados também revelam que, enquanto as empresas crescem suas movimentações, pessoas físicas (CPF) diminuem suas exposições.
Conforme informações da própria RFB, as pessoas físicas declararam 1.265.818 operações, sendo o menor nível desde junho de 2022.
Em outubro, as mulheres foram responsáveis por 20% das operações no Brasil, o maior nível de participação do sexo feminino no setor de toda a história. Em simultâneo, os dados indicam que a presença masculina diminuiu.
Bitcoin segue com maior número de operações entre investidores, mas USDT detém maior total das operações
Em outubro de 2022, o Bitcoin acabou novamente com o maior número de operações entre brasileiros. Superando 1,3 milhão de operações, a moeda é a mais negociada.
No entanto, a Tether (USDT) detém ainda o maior volume total das operações no país, movimentando sozinha mais de R$ 9 bilhões no período, seguida pelo Bitcoin com R$ 992 milhões.
Outra moeda procurada por brasileiros no mês de outubro, um antes da queda da FTX, foi a BRZ, stablecoin de Real brasileiro. Com o segundo maior número de operações, perdendo apenas para o bitcoin, a moeda tinha seu maior volume justamente na FTX, que acabou em novembro, um mês depois da RFB receber as declarações.
Por fim, o nível de declarações no mês de outubro foi maior que em setembro, mostrando que os investidores brasileiros seguem ativos no mercado. Vale lembrar que em setembro de 2022, o nível de investidores pessoa física havia renovado seu recorde de declarações.