Estudos de correlação do Bitcoin podem ajudar traders

Vai subir, vou junto! Ou vou cair?

O Bitcoin (BTC) voltou a operar abaixo dos U$ 4 mil nesta terça dia 26 de março, mas outra visão do mercado pode render algumas boas operações para traders (negociantes).

A compra e venda de criptomoedas em exchanges tem atraído muitos traders, principalmente pelo fato das plataformas oferecerem ferramentas que simulam um mercado financeiro.

Com essa possibilidade, há traders que ficam de olho em boas operações com criptomoedas, quando o mercado está em alta e também quando este está em baixa.

Mas o mercado de criptomoedas tem outros indicadores que devem ser considerados, como a correlação entre as moedas.

Binance publicou relatório sobre correlações

Uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo é a Binance, que oferece uma plataforma com bom volume diário e tem se mostrado, até então, segura e confiável.

No último dia 20 de março a Binance publicou um relatório sobre correlações de criptomoedas.

Correlação significa uma semelhança ou relação entre duas coisas, sendo utilizada em estatística como uma medida, que varia de -1 a 1.

Quando está próxima de -1 é considerada correlação negativa, que significa que um ativo tem comportamento inverso ao do outro.

Quando próxima de 1, significa que um ativo tem comportamento semelhante ao outro, ou seja, correlação positiva.

Se for 0 ou próximo, o valor da correlação não é considerado como significativo entre dois ativos distintos.

Para explicar este fenômeno aplicado às criptomoedas, a Binance publicou no último dia 20 um relatório com análise dos dados do ano de 2018, e também do início de 2019.

De acordo com Binance, Bitcoin é um indicador de preços do mercado

Fonte: Binance Research

Pela análise do Gráfico 1, a Binance apontou que a maioria dos ativos analisados tinha comportamento idêntico ao do Bitcoin, com correlação média de 0,78 que é considerada alta.

Isso indica claramente que o Bitcoin é o principal indicador de mercado, mostrando que o seu comportamento impacta fortemente as principais altcoins em valor de mercado.

O estudo, que pode ser baixado em pdf na íntegra, mostra uma realidade interessante sobre a correlação entre altcoins e o Bitcoin.

Data Light acompanhou desempenho da correlação negativa no último ano

A DataLight, uma empresa de análise do mercado de criptomoedas, publicou na terça (26) um estudo que mostra cinco moedas com a maior correlação negativa com o Bitcoin (BTC), considerando o período de abril de 2018 a março de 2019.

Ou seja, quando o Bitcoin está subindo de preços, às cinco analisadas tem uma queda em seus valores. O contrário também é verdadeiro.

A maior criptomoeda que atua ao contrário do Bitcoin, no período de análise, foi a Repo (REPO), com menos 6 de correlação com o BTC.

Fonte: DataLight

Estudos podem alterar cenário de traders

Traders atentos a sinais de correlação de criptomoedas tenderão a ter uma visão geral do mercado, que pode proporcionar grandes operações.

A criptoeconomia está em construção, sendo esta nova economia um cenário baseado em dados, indicadores, provas matemáticas e muito mais.

Para quem acredita que apenas a análise técnica, ou a fundamentalista, seja a única forma de sucesso pode perder oportunidades.

A análise dos dados passados podem não ter nenhuma relação com o futuro, mas um trader que opera criptomoedas poderia ao menos ter uma ideia do que o aguarda.

Aviso legal: o Livecoins não fornece aconselhamentos financeiros, estude antes de comprar criptomoedas.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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