O IBIT, ETF de Bitcoin da BlackRock, teve US$ 15,8 milhões em entradas nesta segunda-feira (16). As compras acontecem após um hiato de 20 dias sem nenhuma demanda pelo mercado.
A razão desse retorno pode estar ligada à reunião do Banco Central dos EUA, marcada para esta quarta-feira (18). Isso porque há uma grande expectativa de que o Fed comece a cortar os juros para livrar os EUA de uma recessão.
Outras gestoras também voltaram a apresentar bons resultados após passarem dias sangrando. De qualquer forma, os olhares ficam para o IBIT já que ele é o maior ETF de Bitcoin desde que ultrapassou o GBTC da Grayscale em maio.
ETF da BlackRock volta a ter entradas
Lançado no início de janeiro, o ETF de Bitcoin da BlackRock chegou a completar 71 dias de entradas consecutivas, entrando para o top 10 desta métrica. No entanto, a demanda diminuiu nos meses seguintes.
Em setembro, conhecido como o pior mês para o Bitcoin, o IBIT ainda não havia registrado nenhuma entrada. Isso mudou nesta segunda-feira (16) após entradas de US$ 15,8 milhões.
Somado a outras gestoras, os ETFs tiveram saídas de quase US$ 1,2 bilhão entre o final de agosto e início de setembro. De qualquer forma, os últimos dias mostram que o mercado está virando e indo às compras.
Mercado espera corte nos juros pelo Fed
Uma explicação para a retomada da demanda pelos ETFs de Bitcoin é a esperança de que o Banco Central dos EUA comece mudanças em sua política monetária na próxima quarta-feira (18).
Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, há 33% de chances que o Fed corte os juros em 0,25% e 67% de que o corte seja de 0,5%. Na semana anterior, a previsão era inversa, com 34% apontando para um corte de 0,5% e 66% para um corte de 0,25%.
Com o Fed aliviando sua pressão sobre a economia americana, espera-se que o dinheiro comece a fluir para investimentos em ações, metais e Bitcoin.
Vale notar que é possível que o mercado caia logo após os cortes. Afinal, grandes players já estão posicionados por conta dessas estimativas. Independente disso, o clima é ótimo para o médio e longo prazo, já que esse corte deve ser o primeiro de vários.