Os ETFs americanos de Bitcoin tiveram seu melhor desempenho dos últimos 83 dias, registrando entradas de US$ 886 milhões (R$ 4,7 bilhões) nesta terça-feira (4). Como consequência, o Bitcoin valorizou cerca de 4% e está sendo negociado próximo aos US$ 71.000.
Embora o IBIT, ETF da BlackRock, tenha registrado entradas de US$ 274,4 milhões, o destaque fica para o FBTC. No total, o ETF da Fidelity fechou o dia US$ 378,7 milhões em compras.
Outras gestoras também tiveram um bom dia. Enquanto a Ark Invest teve entradas de US$ 138,7 milhões no ARKB, a Bitwise viu outros US$ 61 milhões entrarem no BITB. Até mesmo a Grayscale, famosa por saídas, teve US$ 28,2 milhões em entradas.
Mais de 60 banco americanos estão com problemas, revela FDIC
Embora não se saiba o motivo da compra de R$ 4,7 bilhões em ETFs de Bitcoin nesta terça-feira (4), recentemente o FDIC revelou que o número de bancos com problemas financeiros cresceu de 52 para 63 no último trimestre.
Funcionando como o Fundo Garantidor de Crédito no Brasil, mas de forma privada, o objetivo do FDIC procura, dentre outros, supervisionar o setor bancário nos EUA.
“O número de bancos na Lista de Bancos Problemáticos […] aumentou de 52 no quarto trimestre de 2023 para 63 no primeiro trimestre de 2024”, escreveu o FDIC. “O número de bancos problemáticos representava 1,4% do total de bancos, o que estava dentro da faixa normal para períodos não críticos, de um a dois por cento de todos os bancos.”
“Os ativos totais detidos pelos bancos problemáticos aumentaram em US$ 15,8 bilhões, chegando a US$ 82,1 bilhões durante o trimestre.”
Somado a isso, no mesmo dia o Fed publicou um estudo apontando que países como China e Índia, os dois maiores do mundo, estão abandonando o dólar e comprando ouro para compor suas reservas internacionais.
Outros países mencionados são Rússia, sancionada pelos EUA, Turquia, que sofre com hiperinflação, e também a Suíça. Como sempre, o Banco Central americano tentou amenizar a situação.
“Na publicação de hoje, os autores observam que as narrativas sobre o declínio da participação do dólar nas reservas oficiais e o aumento do papel das reservas de ouro pelos bancos centrais generalizam inadequadamente as ações de um pequeno grupo de países.”
In today's post, the authors note that the narratives about declining dollar shares in official reserves, and increasing roles for gold holdings by central banks, inappropriately generalize the actions of a small group of countries.https://t.co/Rpwa0hnX6X
— New York Fed (@NewYorkFed) May 29, 2024
Portanto, essas duas notícias podem ter influenciado grandes investidores a realizarem aporte em Bitcoin, que há alguns anos já está sendo visto como uma alternativa ao ouro devido à sua escassez.
Criptomoedas pegam carona e operam em alta no início de junho
Com o mercado confiante, outras criptomoedas também estão apresentando boas valorizações nesta semana. Um dos destaques é a BNB, criptomoeda ligada à Binance, que chegou aos US$ 700 nesta quarta-feira (5). Esse é o seu maior preço da história.
Outra que também está em sua máxima é a Toncoin (TON), criptomoeda ligada ao Telegram. Negociada a US$ 7,40, a moeda acumula ganhos de 13,4% na semana e se mantém entre as 9 maiores do mercado.
Outras como Ethereum e XRP seguem mais tímidas. ETH operando com alta diária de 1% e XRP com 1,22%, ambas perdendo para o Bitcoin. De qualquer forma, investidores aguardam o lançamento dos ETFs de ETH nos EUA, aprovados no final do mês passado, o que pode mexer com seu preço.