Os ETFs americanos de Bitcoin fecharam seu terceiro dia no negativo nesta segunda-feira (2) após uma pausa no final de semana. No total, as saídas ultrapassam a faixa de R$ 7 bilhões (US$ 1,2 bilhão).
Como comparação, Strategy e Metaplanet compraram apenas R$ 1 bilhão na semana passada, uma diferença de 7 vezes.
Isso mostra o tamanho e relevância desses produtos, mas também servem como um termômetro para o mercado. Isso porque o Bitcoin atingiu uma nova máxima de US$ 112.000 há duas semanas, mas não conseguiu se manter acima de seu antigo topo histórico.
ETF de Bitcoin da BlackRock encerra sequência de entradas
O grande destaque é o IBIT. Isso porque o ETF de Bitcoin da BlackRock estava acumulando uma sequência de entradas desde o dia 13 de abril, mas foi quebrada na última sexta-feira (30) com uma saída de US$ 430,8 milhões.
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Já nesta segunda-feira (2), o IBIT fechou o dia no vermelho novamente, agora com mais US$ 130,4 milhões.
Os outros ETFs já estavam com um desempenho negativo desde o dia 23 de maio, como no caso do FBTC da Fidelity e do ARK da Ark Invest, mas o IBIT estava compensando essas saídas até então.

Os dados acima também mostram como o IBIT continua abrindo vantagem frente a seus concorrentes, em especial para o GBTC da Grayscale, que continua com taxas de 1,5% enquanto outras gestoras cobram entre 0,15% a 0,25%.
Bitcoin perde fôlego e opera abaixo de seu antigo topo histórico
Após romper a região dos US$ 109.000 no mês passado, muitos acreditavam que o Bitcoin passaria por mais um novo grande rally em uma nova descoberta de preço. No entanto, o que aconteceu foi uma queda de 7,7% nos dias seguintes.
A mudança nos fluxos dos ETFs ajuda a entender essa virada, especialmente após até mesmo o IBIT fechar dois dias seguidos com saídas, interrompendo uma longa sequência de entradas.

No momento desta redação, o Bitcoin é negociado na faixa dos US$ 106.600, subindo 2,3% nas últimas 24 horas.
Embora acumule quatro dias seguidos de alta, a criptomoeda precisa ficar acima dos US$ 110.000 caso queira animar os touros a iniciarem uma nova escalada significativa nos preços.