EUA confiscam R$ 1,6 bilhão em Bitcoin de traficante

Em nota publicada nesta sexta-feira (26), o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que Banmeet Singh (40) declarou-se culpado pelas acusações de tráfico de drogas que enfrentava. Indo além, nota que o criminoso concordou em ceder US$ 150 milhões (R$ 735 milhões) em criptomoedas.

Talvez devido à flutuação do Bitcoin, a quantia pode ser muito maior. Segundo informações do The Washington Post, Singh entregou 8.100 bitcoins às autoridades. Embora a quantia estivesse avaliada em US$ 150 milhões na data de sua prisão, hoje esses bitcoins valem US$ 340 milhões (R$ 1,6 bilhão) em conversão direta.

A notícia interessa o mercado já que esses bitcoins serão provavelmente leiloados pelos EUA em breve, podendo ter mais ou menos impacto no preço do Bitcoin dependendo do momento no qual forem vendidos.

Como exemplo, nessa semana os EUA informou a venda de R$ 639 milhões em bitcoins ligados ao caso da Silk Road. Já em março de 2023, o governo americano vendeu R$ 1 bilhão em bitcoins ligados ao caso de James Zhong.

EUA prendem traficante de drogas que usava criptomoedas

O condenado é Banmeet Singh, um indiano de 40 anos que liderou um grande esquema de tráfico de drogas entre 2012 e 2017. Segundo o Departamento de Justiça, Singh possuía pelo menos 8 células de distribuição em diferentes estados americanos, incluindo Florida, Nova York e Washington.

As drogas, incluindo LSD, ecstasy, Xanax, Ketamina e fentanil, então partiam para outros estados dos EUA, mas também para países como Canadá, Inglaterra e Irlanda. O indiano por trás do esquema usava mercados ilegais famosos, como Silk Road, Alpha Bay e outros.

No entanto, a operação de Singh foi desmantelada em abril de 2019, quando o indiano foi preso em Londres, na Inglaterra. Já em 2023, Singh foi extraditado para os EUA, onde foi julgado por tráfico de drogas junto a outros 7 acusados.

Em vídeo, Kenneth Parker, Procurador dos EUA, nota que Singh assinava os pedidos de drogas com a frase “ainda estou dançando”, mas que a música parou de tocar em 2019.

“Ele não dança há algum tempo.”

Essa foi a maior apreensão de criptomoedas pelo DEA, diz governo

A operação do governo americano contou com o apoio de diversos órgãos, incluindo a divisão de investigação cibernética da Receita Federal dos EUA (IRS-CI) e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (HSI). Agências britânicas como NCA, CPS e UKCA também participaram das investigações.

Segundo o Departamento de Justiça, essa foi a maior apreensão de criptomoedas ligada ao tráfico de drogas, equivalentes a US$ 150 milhões (R$ 735 milhões). No entanto, a quantia pode chegar a R$ 1,6 bilhão devido à recente valorização do Bitcoin. Segundo o The Washington Post, a quantia exata confiscada é de 8.100 bitcoins.

“Banmeet Singh e outros traficantes acham que podem operar anonimamente na dark web e escapar de processos judiciais”, disse Nicole M. Argentieri, Procuradora-geral assistente. “A confissão de culpa de hoje, que inclui o confisco de aproximadamente US$ 150 milhões em criptomoedas, demonstra que o Departamento de Justiça responsabilizará os criminosos que violam a lei dos EUA, não importa como eles ocultem suas atividades.”

“Juntamente com os nossos parceiros internacionais, continuaremos encontrando criminosos.”

Por fim, podemos esperar que os EUA liquidem esses bitcoins em breve, assim como fizeram em outros casos. Segundo dados do Bitcoin Treasuries, hoje o governo americano é um dos maiores holders do mundo, possuindo 215.000 bitcoins (R$ 44,4 bilhões) ligados a apreensões como esta.

Governo americano possui 215 mil bitcoins em suas carteiras, quantias estão ligadas a apreensões de diversos crimes. Fonte: BitcoinTreasuries.net.
Governo americano possui 215 mil bitcoins em suas carteiras, quantias estão ligadas a apreensões de diversos crimes. Fonte: BitcoinTreasuries.net.

 

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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